Numa conferência de imprensa realizada hoje especialmente para o efeito em Spielberg, na Áustria, palco do Grande Prémio da Estíria, que se disputa no fim de semana, o piloto italiano disse que a decisão tomada na pausa de verão é a de “parar no final da temporada”.
"Decidi parar no final da época. Infelizmente esta será a minha temporada final como piloto de MotoGP. É difícil, é um momento muito triste, porque sei que no próximo ano não estarei a competir com uma moto. Penso que fiz isso durante uns 30 anos", afirmou o piloto italiano.
"Tomei a decisão durante a época. Quando comecei o campeonato queria continuar, mas tenho de perceber se fui suficientemente rápido e infelizmente os resultados foram inferiores ao esperado e comecei a pensar no assunto", acrescentou.
Valentino Rossi, também conhecido como 'Il Dottore', revelou ainda que irá passar a competir em automobilismo, não especificando em que modalidade.
"Adoro competir com carros, apenas um pouco menos do que com as motos e a partir do próximo ano vou correr com os carros, ainda não está 100 por cento decidido em quê. Vou ser piloto toda a vida, mudarei apenas das motos para os carros", frisou.
Rossi estreou-se em 1996, na classe de 125cc, na qual conquistou o seu primeiro título mundial um ano depois. Em 1998, subiu a 250cc, que venceu no ano seguinte.
Em 2000, subiu à categoria rainha, na altura para motas de 500cc, tendo conquistado o campeonato em 2001, último ano em que estas motas correram, antes de serem substituídas pelas atuais MotoGP, em 2002, com Rossi a ser campeão nesses dois anos, assim como em 2003 e em 2004, em que deu o primeiro título à Yamaha, e 2005.
Depois de perder em 2006 e 2007, recuperou o título em 2008 e voltou a vencer em 2009, no que foi o seu último título conquistado.
“Tive uma longa carreira e, felizmente, venci muitas corridas, mas tive alguns momentos e vitórias que são inesquecíveis, de pura alegria”, disse.
Rossi explicou que tinha a opção de correr mais um ano, na sua própria equipa, que, em 2022, fará a estreia em MotoGP com a Ducati e pela qual irá competir o irmão, Luca Marini.
“Ainda tenho algumas corridas pela frente. Acho que vai ser mais difícil quando chegarmos à última. Não me posso queixar da minha carreira”, sublinhou o italiano.
Valentino Rossi disse ainda que não lamenta nada, mas fica “triste” por não ter conseguido um 10.º título.
“Acho que o mereci, pela minha velocidade e nível. Perdi-o duas vezes na última corrida”, lamentou.
Atualmente, Rossi compete pela Yamaha Petronas, uma equipa satélite da Yamaha, ocupando o 19.º lugar do campeonato, com 17 pontos.
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