O francês Sébastien Ogier parte como favorito à conquista do sétimo título mundial de ralis consecutivo, com arranque marcado para quinta-feira, em Monte Carlo, num ano em que Hyundai e Toyota se assumem como principais concorrentes.
Aos 35 anos, o piloto gaulês trocou a M-Sport apoiada pela Ford, com a qual conquistou os últimos dois dos seis títulos consecutivos que ostenta (de 2013 a 2018), pela Citroën, marca pela qual se estreou no campeonato do mundo, em 2008, e pela qual persegue o recorde de nove títulos mundiais consecutivos conquistados pelo também francês Sébastien Loeb.
Apesar da conquista de dois campeonatos de pilotos e um de construtores, a presença de Ogier na estrutura do britânico Malcolm Wilson deixou um grande rombo nas contas. A equipa semioficial da Ford sentiu mesmo dificuldades em reunir o orçamento para garantir a inscrição para o campeonato de 2019 mas irá alinhar com o britânico Elfyn Evans e o finlandês Teemu Suninen com dois Ford Fiesta.
Assim, a Toyota, que se reforçou com o irlandês Kris Meeke (que tinha sido despedido da Citroën após o rali de Portugal de 2018), parte como principal opositor, sobretudo depois da ponta final de campeonato protagonizada pelo finlandês Ott Tanak em 2018, com o Yaris WRC. O também finlandês Jari-Matti Latvala será o terceiro elemento da estrutura nipónica, gerida pelo antigo campeão mundial, o finlandês Tommi Mäkkinen.
Já a coreana Hyundai procedeu a mudanças de fundo após perder o título na derradeira prova de 2018, na Austrália, depois de ter liderado boa parte do ano através do belga Thierry Neuville. Trocou o diretor desportivo, o francês Michele Nandam, pelo italiano Andrea Adamo, para além de ter protagonizado uma das contratações do ano, ao recuperar Sébastien Loeb, sem espaço na Citroën. O recordista de títulos mundiais (nove, conquistados entre 2004 e 2012) regressa ao campeonato para um programa de seis provas (das 14 previstas no calendário), alternando com o espanhol Dani Sordo no terceiro i30 da equipa.
Loeb exibirá o número 19 no seu carro. "Para além de ser a data de nascimento da minha filha, o 1 é pelo título conquistado no JWRC e o 9 pelos campeonatos ganhos no WRC", explicou o piloto da Alsácia.
O belga Thierry Neuville, de 30 anos, mantém-se como principal aposta da marca coreana, apesar de ter sido o segundo classificado do campeonato nos últimos três anos. Será secundado pelo norueguês Andreas Mikkelsen, sexto classificado em 2018.
Estes serão os principais adversários de Sébastien Ogier, que começa a defesa do título em casa pois a 87.ª edição do rali de Monte Carlo, que arranca na quinta-feira, tem a base montada precisamente em Gap, a cidade natal de Ogier, que continua a ter ao lado o navegador francês Julien Ingrassia. O finlandês Esapekka Lappi, recrutado à Toyota, será o escudeiro do hexacampeão, que conta com cinco vitórias consecutivas na prova de abertura do Mundial. Mas o último triunfo de um Citroën aconteceu precisamente há seis temporadas.
"Enfrentei uma grande variedade de condições nos três dias e meio de testes que realizei. Vou fazer o que sempre fiz e confiar no meu instinto. Esta é uma prova que se ganha pilotando de forma inteligente e não nos limites, pois há muitas armadilhas. De qualquer forma, espero que a minha experiência me ajude outra vez", declarou o campeão mundial.
O calendário cresceu uma prova com a entrada do Chile (terra). Já o rali de Portugal foi adiado uma semana, decorrendo de 30 de maio a 2 de junho.
O Mundial de Ralis começa esta quinta-feira, com a partida para o rali de Monte Carlo, que terá 323 quilómetros cronometrados, divididos por 16 especiais. Cerca de 40% do traçado da prova é novo. O campeonato prolonga-se até 17 de novembro, na Austrália.
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