A zona ribeirinha do Douro concentra uma significativa moldura humana composta pelos aficionados da aviação desportiva que acompanham a edição da Red Bull Air Race, onde é possível ver milhares de pessoas nas duas margens do rio.
No recinto junto à Alfândega do Porto, ou na marginal de Gaia, são muitos aqueles que olham para o céu para apreciar as acrobacias dos pilotos deste verdadeiros "Fórmula 1" que competem na edição do Porto da Red Bull Air Race.
Para além da competição, a iniciativa aeronáutica é também um ponto de atração turística e oportunidade de negócio para muitos promotores e vendedores ambulantes que instalam as suas "guarnições" em zonas de maior afluência de público.
"Entrei às 10:00 no recinto. Porém, já havia muita gente à espera de entrar na zona da Alfândega do Porto, há uma ou duas horas. Acho que vai ser um dia em cheio e de grandes oportunidades de negócio", disse à Lusa, Vera Ferreira, promotora de vendas.
Contudo, e na maioria dos comerciantes, o dia grande será domingo, já que são esperadas pela organização cerca de uma milhão de pessoas para assistir à corrida aeronáutica a contar para o mundial da especialidade.
Quem percorrer os sítios abertos ao público para a apreciar o desempenho das máquinas voadoras depressa se apercebe que se está a viver num ambiente global, já que é comum ouvir falar inglês, francês, espanhol, português, italiano e até mandarim, entre outras línguas.
"Aqui vem muita gente de várias nacionalidades para a apreciar os produtos portugueses com incidências nos vinhos generosos e de mesa e nossa gastronomia mais típica. Vamos ter muita, mas, muita gente ", afiançou Vera Ferreira.
Por outro lado, e devidas às restrições impostas pelas autoridades na zona ribeirinha do Porto e Gaia, praticamente todos são unânimes a aceitar estas condições, em nome da segurança das pessoas e bens.
Jorge Machado, que se fez acompanhar pela família adiantou que se vive um ambiente fantástico junto ao rio Douro e que é extensivo às duas cidades [Porto e Gaia] e concorda com as medidas de segurança impostas.
"Vim cedo para a arranjar lugar. Acho que há condições para as pessoas podem desfrutar do evento em ambas as margens do rio [Douro] e existentes condições de segurança e não receio qualquer atentado terrorista ou coisa no género", frisou.
Pelo meio da multidão também foi possível encontrar quem estivesse a fazer inquéritos ao impacto da Red Bill Air Race na economia das cidades do Porto e Gaia e refere que os números são animadores
"As respostas são animadoras, já que há muita gente a ficar em unidades hoteleiras e a comer em restaurantes e as pessoas aparecem com poder de compra, principalmente os estrangeiros vindos de Espanha e Itália e portugueses vindos do sul do país e por norma ficam dois ou três dias ", indicou Filipe Pereira, aluno do Instituto Superior de Administração e Gestão do Porto.
A edição do Porto da Red Bull Air Race arrancou hoje com os 23 pilotos acrobáticos da Master Class e Challenger Class a cumprirem à tarde os treinos de qualificação, numa competição que poderá atingir recordes de assistência.
Segundo a organização do evento, os aviões que voam a 370 quilómetros por hora, a prova regressa ao Porto oito anos depois da última edição, agora distribuída por duas classes com os pórticos situados no rio a subirem cinco metros em relação a 2009.
A organização admite que o recorde de assistência de um milhão de pessoas, verificado em 2008, possa ser igualado após ter sido disponibilizado na margem do Porto mais 30% de espaço para o público.
As qualificações previstas para hoje decorrerão às 15:15 e 16:05, decorrendo no domingo as provas para apurar os vencedores.
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