Os pneus do futuro vão conseguir comunicar com os pilotos através de sensores sofisticados utilizados na sua composição, revelou hoje, em Matosinhos, o diretor desportivo da empresa fornecedora de pneus ao Mundial de Ralis.
O francês Arnaud Remy revelou à agência Lusa que, hoje em dia, "já existem pneus que poderiam comunicar aos pilotos muitas informações, como o nível de desgaste em tempo real ou avisar quando é necessário trocá-los".
"Estamos a trabalhar para baixar o preço dos sensores e tornar a tecnologia mais disponível", disse o responsável da Michelin.
De acordo com Remy, a presença da marca em competição serve para desenvolver novas soluções, que “são transpostas para o mercado do dia a dia passados cinco a dez anos”.
"Não tenho dúvida que o futuro passa pelo uso de pneus com este tipo de padrão de gravilha nos veículos de todo-o-terreno ou nos SUV, a utilização de compostos mais amigos do ambiente, com melhores desempenho em termos de desgaste, melhorias na amplitude térmica e maior resistência aos furos", frisou.
Atualmente, cada pneu do WRC (Mundial de Ralis) não pode exceder os 350 euros de custo, fora impostos. Por norma, cada equipa fica com alguns dos usados, "para testes".
"Os restantes são recolhidos e reutilizados, sobretudo em novos pneus ou na construção do piso de parques infantis", revelou Arnaud Remy.
Os pneus utilizados nos ralis de asfalto, contudo, "são confidenciais", pelo que "são todos recolhidos" no final das provas.
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