O presidente da Federação de Motociclismo de Portugal (FMP) afirmou hoje que gostava de ver mais pilotos portugueses na sexta etapa do Mundial de motocrosse, no Crossódromo Internacional de Águeda, em 18 e 19 de maio.

“A Federação apoia os pilotos para que possam participar, mas nas edições passadas houve pilotos que não aderiram, porque não queriam interromper as férias ou porque não tinham mota”, afirmou Manuel Marinheiro, durante a apresentação do Grande Prémio de Portugal de motocrosse.

O presidente da FMP ressalvou que esta não é uma “crítica a ninguém”, sublinhando mesmo que gostaria de ter “um encargo financeiro maior” com a participação de mais pilotos lusos na etapa do Mundial.

“Seria proveitoso termos um grande número de pilotos a participar. É o local ideal para evoluírem e aprenderem”, explicou.

A etapa portuguesa volta a ser organizada pelo Águeda Action Club (ACTIB), cujo presidente, Albano Melo, espera ver ultrapassada a barreira dos 20.000 espetadores que estiveram na edição do ano passado.

“A corrida, em si, merecia ter 50.000 pessoas. Já seria uma melhoria termos 30.000 ou 40.000 pessoas nos dois dias. Seria interessante. Estamos a trabalhar nesse sentido, oferecendo, por exemplo, disponibilidade de parque ou campismo, tentando, assim, manter as pessoas dentro do circuito”, referiu.

Albano Melo destacou as alterações que foram efetuadas no Crossódromo Internacional de Águeda, que vão possibilitar “melhores condições para os pilotos, mas também para o público”.

Já o ex-piloto Rui Gonçalves, que se retirou das pistas no ano passado, precisamente no GP de Portugal, afirmou que este é um recinto “à altura de uma prova de um Campeonato do Mundo” e reforçou o convite aos pilotos portugueses.

“Temos muito talento em Portugal, pilotos com grandes capacidades. Correr em casa é um trunfo gigante”, frisou Rui Gonçalves.

O agora responsável pela preparação das pistas do Mundial lembrou que “hoje em dia, trabalha-se muito a parte do arranque”, pelo que o sucesso na prova poderá passar pela forma como cada piloto vai iniciar a corrida.

“Por trás da grelha, há uma estrutura metálica que é igual para todos. Arrancam todos nas mesmas condições. Apenas a posição na grelha pode ser uma vantagem para a primeira curva, estando mais exterior ou mais interior. O nível de pilotos é tão igual que é preciso correr muitos riscos para se conseguir as ultrapassagens”, apontou.

O GP de Portugal realiza-se no Crossódromo Internacional de Águeda, nos dias 18 e 19 de maio, contando com um traçado de 1.603 metros, sendo que os bilhetes variam entre os 30 euros (normal) e os 40 (com bancada).

A sexta de 19 etapas do Mundial contará com a presença de cerca de 100 pilotos, entre os quais os portugueses Sandro Peixe, Luís Outeiro, Diogo Graça e Joana Gonçalves.