O francês Pierre Gasly (Alpha Tauri) venceu hoje, pela primeira vez na sua carreira, uma prova do Mundial de Fórmula 1, ao triunfar no Grande Prémio de Itália, aproveitando uma penalização atribuída ao britânico Lewis Hamilton (Mercedes).
Gasly, que no ano passado foi despromovido da Red Bull à segunda equipa do fabricante de bebidas energéticas, tornou-se no quarto vencedor diferente esta época, em oito corridas, terminando as 53 voltas ao traçado de Monza com o tempo de 1:47.06,056 horas.
O segundo classificado foi o espanhol Carlos Sainz (McLaren), que terminou a acidentada prova italiana a 415 milésimos de segundo do vencedor, com o canadiano Lance Stroll (Racing Point) a fechar os lugares do pódio, a 3,358 segundos de Gasly.
Esta foi a primeira vitória de um piloto francês em 26 anos, depois do triunfo de Olivier Panis, num Ligier, no Grande Prémio do Mónaco de 1996.
A vitória de Gasly parecia impossível até à volta 23, pois Lewis Hamilton liderava sem problemas. Mas, uma avaria no Haas do sueco Kevin Magnussen deixou o monolugar parado ao lado da pista, perto da entrada das boxes.
A direção de corrida fez entrar o ‘safety car’ (carro de segurança) e mandou fechar o corredor das boxes até que o Haas fosse retirado em segurança.
Hamilton e o italiano Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) não viram, no entanto, os sinais, mostrados na reta da meta, e entraram para montar pneus novos, o que valeu a ambos um ‘drive through’ e 10 segundos de penalização.
Hamilton caiu 26 segundos para trás do último carro em pista, numa altura em que a corrida já tinha sido interrompida devido a um acidente do monegasco Charles Leclerc (Ferrari) na Parabólica.
No entanto, nas 17 voltas que faltavam, Hamilton conseguiu recuperar até à sétima posição, minimizando as perdas para o campeonato, até porque o segundo classificado, o holandês Max Verstappen, desistiu com problemas mecânicos no seu Red Bull.
Hamilton ainda somou um ponto extra por ter realizado a volta mais rápida da corrida, permitindo-lhe manter os 47 pontos de vantagem para o segundo classificado, que é agora o seu companheiro de equipa, o finlandês Valtteri Bottas (Mercedes), que foi apenas quinto.
Gasly relançou a carreira na segunda equipa da Red Bull, que este ano se chama Alpha Tauri, somando a primeira vitória na carreira aos 24 anos, uma a mais do que o tailandês Alexander Albon, que o substituiu na Red Bull e hoje ficou a mais de meio minuto, no 15.º lugar.
O francês beneficiou do facto de ter parado para trocar de pneus antes da entrada do ‘safety car’ em pista, o que lhe permitiu ser líder quando todos os outros pararam.
"Foi uma corrida louca", resumiu, no final, o piloto da Alpha Tauri, que teve de lutar com o espanhol Carlos Sainz nas voltas finais.
Gasly reconhece ter "passado por muito nos últimos 18 meses", tendo conseguido o primeiro pódio da carreira ainda na época passada, já com a atual equipa.
"Ainda estou a tentar acreditar", frisou.
A próxima corrida é já no domingo, com o GP da Toscana 1000 Ferrari, no Autódromo de Mugello, que celebra a milésima corrida da equipa italiana no Mundial de Fórmula 1.
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