O neozelandês Hayden Paddon disse hoje que a vitória no Rali da Argentina não faz dele um candidato a ganhar sempre, mas assumiu-se mais pressionado antes do arranque do Rali de Portugal, embora a Hyundai esteja uns passos atrás.
“Ainda não estamos nesse nível. Ainda temos trabalho para fazer, temos de ser um pouco mais consistentes, mas vamos continuar a tentar lutar pelo pódio. Claro que vamos continuar a tentar ser rápidos e lutar por mais uma ou outra vitória”, afirmou Paddon, segundo classificado do Campeonato do Mundo, atrás do francês Sébastien Ogier (Volkswagen).
No dia em que começa o Rali de Portugal, quinta prova do Mundial, o neozelandês reconheceu que a vitória na Argentina, correspondente ao primeiro triunfo da sua carreira no WRC, o faz sentir “um pouco mais pressionado” a tentar andar na frente, até porque será o segundo a ir para a estrada, logo depois do gaulês tricampeão do mundo.
“As estradas estão em muito boas condições, particularmente para a primeira passagem. Houve aqui algum trabalho desde o ano passado. Estão melhores, mais largas e mais rápidas em alguns pontos, mas, como choveu recentemente, o piso está um pouco macio”, constatou o oitavo classificado do ano passado.
Ser um dos primeiros a partir “vai ser um pouco mais duro do que o normal”, mas Paddon está satisfeito com a posição: “Em alguns troços poderei ter alguma desvantagem, mas noutros pode ser ligeiramente vantajoso sair à frente, porque o piso pode deteriorar-se muito rapidamente. Estou ansioso pelo desafio, vai ser diferente”.
O norueguês Andreas Mikkelsen, que no ano passado ajudou a Volkswagen a monopolizar o pódio do Rali de Portugal, atrás de Jari-Matti Latvala e Sébastien Ogier, foi terceiro na Argentina, mas diz que rodou com alguma cautela e quer ser mais agressivo no Rali de Portugal.
“Quero ser rápido desde o início. A abordagem será diferente, mas não vou atacar loucamente. Vou tentar andar a bom ritmo. Fui terceiro no ano passado, é um rali de que gosto muito e, depois de reconhecimento muito bom, sinto-me confortável com as notas e com as estradas. Sinto que as conheço bastante bem para ser rápido”, disse Mikkelsen, quarto classificado do Mundial.
Vencedor no ano passado da superespecial de Lousada, que hoje volta a abrir o Rali de Portugal, Mikkelsen também mostrou algumas cautelas em relação ao piso, afirmando que “está macio devido à chuva que caiu antes do reconhecimento e será interessante ver como se comporta após as primeiras passagens”.
A 50.ª edição do Rali de Portugal terá 368 quilómetros cronometrados divididos por 19 classificativas, mais três do que no ano passado, apresentando como grande novidade a 'Porto Street Stage', uma especial-espetáculo de 1,85 km no centro da 'Invicta' a percorrer duas vezes no final do segundo dia.
A prova começa hoje com a superespecial de Lousada e desloca-se no dia seguinte para o Alto Minho, onde os pilotos terão de cumprir duas passagens nos troços de Ponte de Lima, Caminha e Viana do Castelo, antes da 'Porto Street Stage' ao início da noite.
No sábado, o 'palco' será a zona do Marão, com duplas passagens nas especiais de Baião, Marão e Amarante - a mais longa da prova, com 37,67 km. Para o último dia, há mais quatro classificativas, repartidas pelos troços de Fafe, com o seu emblemático salto, e Vieira do Minho.
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