O estónio Ott Tanak (Toyota Yaris) pode assegurar o primeiro título mundial de ralis da carreira no próximo, na Catalunha, se conquistar mais dois pontos do que o francês Sébastien Ogier (Citroën C3).

O piloto estónio, que em junho venceu o Rali de Portugal, tem 28 pontos de vantagem no campeonato quando já só estão 60 em disputa nas duas provas que faltam, na Catalunha a partir de quinta-feira, e na Austrália, três semanas depois.

Aos 32 anos, festejados no passado dia 15 de outubro, Tanak pode assegurar, desde já, um lugar na história da modalidade, pois a sua conquista significa o ponto final na caminhada triunfante de Ogier, que dura há seis anos.

A série do gaulês é a segunda mais longa da história. Apenas o alsaciano Sébastien Loeb tem mais títulos (nove) consecutivos, de 2004 a 2012.

Para além disso, há 25 anos que um piloto da Toyota não consegue ser campeão mundial, já que o último foi o francês Didier Auriol, em 1994.

Mas, para conseguir festejar já no domingo, Tanak terá de ficar à frente de Ogier. Se vencer, é campeão de qualquer forma, mesmo que o francês seja o mais rápido na ‘power stage', que distribui cinco pontos pelos cinco mais rápidos, e Tanak ficar abaixo do quinto posto na derradeira especial do rali.

Caso não consiga vencer, a Tanak basta ser oitavo, se Ogier fizer ainda pior. Se o piloto da Citroën não pontuar, o nono lugar é suficiente para o estónio festejar. Em alternativa, tem de ser pelo menos quarto na ‘power stage'.

De resto, desde que fique à frente de Ogier, será campeão, se o francês não fizer melhor na ‘power stage'.

Em 12 provas já disputadas, o piloto da Toyota já conta seis vitórias (Suécia, Chile, Portugal, Finlândia, Alemanha e Grã-Bretanha).

Por seu lado, Ogier soma apenas três triunfos esta época, contra dois do belga Thierry Neuville (Hyundai i20) e outro do espanhol Dani Sordo (Hyundai i20).

Em caso de empate pontual, o título fica para o piloto com maior número de vitória na temporada.