O finlandês Jari-Matti Latvala (Volkswagen) assumiu hoje a liderança do Rali de Portugal, quinta prova do Campeonato do Mundo, após a realização das quatro primeiras especiais, destronando o seu colega norueguês Andreas Mikkelsen.
Apesar da perturbação causada pelo fogo em Ponte de Lima, na segunda prova especial de classificação (PEC2), neutralizada após a passagem de 32 carros, os principais pilotos completaram todo o itinerário matinal, e Latvala, segundo na PEC3 e primeiro na PEC4, assumiu o comando, com 6,1 segundos de vantagem sobre o britânico Kris Meeke (Citroën) e 9,2 sobre Mikkelsen, vencedor da superespecial da véspera.
Enquanto o finlandês tirou o melhor proveito de ser o nono na estrada, beneficiando da ‘limpeza’ feita pelos da frente, o francês Sébastien Ogier, seu companheiro de equipa e bicampeão do mundo, viu confirmados os seus receios.
Obrigado a abrir os troços por inerência da liderança do campeonato, caiu para sétimo, a 25,7 segundos, uma diferença significativa.
“Foi um grande salto. Gosto deste troço [Viana do Castelo], o piso é muito solto, mas [com a minha posição na estrada], quando se tem esta oportunidade, tem de se aproveitar. Não fazia um tempo assim há muito tempo”, afirmou Latvala, após a quarta especial.
O finlandês, terceiro à partida, não pontua desde o segundo lugar no Rali de Monte Carlo, na abertura do Mundial. A euforia de Latvala contrastava com a desilusão de Ogier: “Foi um dos piores troços que já fiz a abrir. Inacreditável”, comentou o francês, vencedor das três primeiras provas do Mundial, em Monte Carlo, Suécia e México.
Kris Meeke também aproveitou a sua posição e conseguiu adotar um ritmo constante que lhe permitiu saltar para a segunda posição, abrindo uma boa perspetiva para a Citroën, depois de ter vencido na Argentina, dando à marca francesa a primeira vitória desde 2013.
Ao contrário, Mikkelsen foi de mais a menos, para fechar a secção matinal na terceira posição, tal como o espanhol Dani Sordo (Hyundai), que começou de forma exuberante na especial de Ponte de Lima, assumindo o comando provisório, antes de cair até à quarta posição, a 12,3.
Atrás seguem o estónio Ott Tanak - que mantém a Ford em prova após o abandono de Elfyn Evans com problemas elétricos -, o norueguês Mads Ostberg (Citroën), segundo do Mundial de pilotos, Ogier, o britânico Hayden Paddon (Hyundai) e o belga Thierry Neuville (Hyundai), único a utilizar pneus duros, uma opção que o deixou a 50 segundos da frente.
“Tentei poupar os macios para amanhã [sábado]. Perdi um pouco mais do que esperava. Vou tentar recuperar”, afirmou Neuville, que hoje ainda terá pela frente a segunda passagem nos três troços feitos de manhã.
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