O finlandês Jari-Matti Latvala assumiu hoje a liderança do Rali de Portugal, após a terceira classificativa da sexta prova do Mundial, mantendo-a ‘presa’ por menos de um segundo sobre Ott Tänak, Kris Meeke e Craig Breen.
O vencedor da prova em 2015 venceu a especial de Caminha (18,10 km), depois de ter sido batido pelo neozelandês Hayden Paddon (Hyundai i20) em Viana do Castelo (26,7 km), e ocupa o primeiro lugar, apesar de ter perdido terreno no troço de Ponte de Lima (27,46 km), o quarto do rali, a fechar o setor matinal.
“Não foi o melhor para mim, nem a mais fácil. Vou ter de fazer várias mudanças nas minhas notas para ver se não perco mais tempo”, lamentou o finlandês da Toyota, segundo do campeonato do mundo.
Em Ponte de Lima, o Yaris de Latvala não foi além do sétimo tempo, a 4,5 segundos do trio de mais rápidos, o estónio Ott Tänak (Ford Fiesta), o britânico Kris Meeke e o irlandês Craig Breen, ambos em Citroën C3.
Daí que o primeiro lugar de Latvala, que se queixou de dores lombares na quinta-feira e hoje disse não estar a 100%, “mas talvez a 97%”, está preso por meio segundo de vantagem sobre Meeke, 1,2 segundos sobre Tänak e 1,4 sobre Breen.
“Estou contente, está a ser uma boa corrida. Falam aqui da limpeza das estradas, mas não há nenhuma. Estou a lutar com os trilhos”, afirmou Meeke, o atual campeão do Rali de Portugal, após as quatro primeiras especiais, assegurando que “um carro feliz significa um piloto feliz”.
Igualmente satisfeitos com o comportamento dos carros, ficaram Tänak, que destacou as melhorias na quarta especial, e, sobretudo, Breen: “O carro está um prazer absoluto. Nunca conduzi algo tão fantástico na minha vida. Faz exatamente o que eu quero e isso é uma ótima sensação”.
O francês e tetracampeão do mundo Sébastien Ogier (Ford Fiesta) segue no quinto lugar, a 4,8 do finlandês, depois de cumprir a obrigação de ‘limpar a estrada’, inerente à liderança do Mundial.
“Fiz o melhor que pude. Sem cometer erros, não podia forçar mais. Temos de lutar”, referiu Ogier, que venceu em Portugal em 2010, 2011, 2013 e 2014.
Paddon foi o mais rápido no primeiro troço do dia e chegou ao primeiro lugar, mas um problema elétrico no i20, que o obrigou a uma paragem especial seguinte, atrasou-o.
“O carro parou a dois quilómetros do fim. Perdemos toda a força, tive de parar e reiniciar. Mas, calma, não vamos ficar frustrados com isso”, frisou Paddon, sexto a 10,2 segundos do líder.
O belga Thierry Neuville (Hyundai i20) e o norueguês Mads Ostberg (Ford Fiesta), que repartiam a liderança depois da superespecial de Lousada, não conseguiram manter o ritmo, tendo o recente vencedor em França e na Argentina, terminado a manhã no sétimo lugar, a 10,3 segundos.
“Fiquei com a sensação que tinha conseguido um bom tempo, mas afinal não. Perdi tempo no final e nem sei porquê”, lamentou Neuville, terceiro do Mundial, logo após a segunda especial do rali.
Ostberg, agora nono a 16,4 segundos de Latvala, também assumiu o seu desconforto com o carro, apesar de o maior infortúnio ter sido sofrido pelo francês Stéphane Lefebvre (Citroën C3), que cumpriu duas especiais com um furo, depois de ter sofrido um acidente na terceira classificativa: Além dos danos no para-brisas, teve dois pneus furados e apenas um suplente.
A partir das 16:09, Ogier volta a ser o primeiro a partir para o troço de Viana do Castelo 2 (26,7 km). Seguem-se novas passagens nas especiais de Caminha (18,1 km) e Ponte de Lima (27,46 km), antes da ‘Braga Street Stage’ (1,9 km), ao início da noite.
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