A Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) está solidária com a Câmara de Montalegre após a perda da prova do Mundial de ralicrosse e promete substituir o evento por outro de nível "internacional logo que possível".
Em comunicado divulgado hoje, o presidente da FPAK, Ni Amorim, coloca-se ao lado do presidente da autarquia transmontana, Orlando Alves, que à agência Lusa prometeu levar o caso a tribunal.
"Estamos solidários com a indignação do presidente da Câmara, Dr. Orlando Alves, pois têm sido feitos esforços para dar resposta às exigências da FIA e do promotor, e estava previsto, no orçamento da Câmara, verba para novas infraestruturas", explicou o dirigente federativo.
Ni Amorim entende que "esta decisão deixa o município fragilizado", pelo que irá apoiar "as decisões que vierem a ser tomadas". "Vamos ainda trabalhar no sentido de mitigar os prejuízos, trazendo, logo que possível, outro evento internacional", referiu Ni Amorim.
No mesmo comunicado, a FPAK mostrou-se surpreendida com a decisão: "Foi com grande surpresa que a FPAK teve conhecimento da exclusão de Montalegre do calendário do campeonato do Mundo de ralicrosse. Tendo em consideração todo o esforço e dedicação desenvolvidos pelo Município de Montalegre, bem como pelo nosso associado, Clube Automóvel de Vila Real, na realização de uma prova desta envergadura, tão importante para a divulgação da região e do país e para a sua atividade desportiva e económica, nada fazia prever esta decisão."
"A FPAK, não só manifesta a sua solidariedade com estas entidades, e o seu empenho no sentido de esclarecer as razões pelas quais a prova foi excluída, bem como a sua disponibilidade para com elas continuar a desenvolver parcerias, em prol da dinamização do desporto automóvel e da economia", lê-se ainda.
O calendário de 2019, anunciado na quinta-feira, surge sem o Circuito Internacional de Montalegre e com a prova de Abu Dhabi a entrar para a abertura do campeonato.
"É de salientar que a prova portuguesa foi substituída por uma prova no Médio Oriente, que leva a crer que a mudança esteja relacionada, sobretudo, com mais valias financeiras", conclui o comunicado da Federação.
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