Paulo Pinheiro admite negociações, com a resposta a ser conhecida antes do dia 25 de outubro, data da realização do Grande Prémio de Portugal.
"Estamos a tentar, mas já percebemos que não está um processo fácil. Ainda por cima, o número de testes será reduzido", lamentou Paulo Pinheiro.
Tradicionalmente, Barcelona é o circuito que acolhe os testes e Paulo Pinheiro considera que é o mais "fácil para as equipas, porque é ficar onde já estão".
"A parte mais importante dos testes é poder extrapolar dados e poder comparar com os dados que já tinham. A decisão de mudar para um circuito onde não têm nenhumas referências é uma decisão difícil. Estamos a tentar, vamos ver o que conseguimos", sublinhou.
Portimão está na corrida com os circuitos espanhóis de Jerez de la Frontera e Barcelona, e com o circuito francês de Paul Ricard.
Já o campeonato do mundo de MotoGP poderá continuar no Algarve até 2027.
Apesar de em 2020 se realizar no circuito algarvio a última ronda do Mundial, cujo calendário foi revisto devido à pandemia de covid-19, Paulo Pinheiro revela que existe um contrato assinado de três anos com mais dois de opção, a entrar em vigor a partir de 2022.
"É o que está assinado. Todos os contratos DORNA [empresa promotora do campeonato] são por três anos mais dois", revelou.
Contudo, falta ainda definir a data.
"Os calendários são coisas muito voláteis e com uma série de fatores que têm de ser analisados. De preferência, queremos sempre fazer corridas em setembro, outubro ou novembro. Gosto muito de ser a última corrida do campeonato, como é óbvio. Ser em março, abril ou maio é, também, uma boa data", explicou.
Para Paulo Pinheiro "não faz sentido" realizar a prova "a seguir a Jerez (no início de maio) porque o público é quase o mesmo".
"Se houver uma alternância com Jerez, aí já faz sentido aquela data de maio. Não havendo essa alternância, temos de nos afastar de Jerez e ir mais para o final do ano. Setembro, outubro, novembro será sempre uma data mais plausível. Se for a última corrida do ano, para nós faz sentido", frisou.
Já a continuidade da Fórmula 1 será mais complicada de garantir.
"Neste momento, muito honestamente, nem pensamos nisso, não faz sentido. O nosso foco é fazer o melhor possível. Se correr tudo bem, ficamos numa posição privilegiada para ser uma boa candidatura para 2021 porque ninguém sabe, honestamente, o que será" o futuro, disse Paulo Pinheiro.
O administrador do AIA entende que "estará no meio termo, isto é, não será igual a 2020 mas, também, não será um ano normal".
"Há uma janela de oportunidade significativa para termos as duas corridas e agora temos de fazer um bom trabalho", frisou.
Já o campeonato de Superbikes tem contrato até 2022 e o objetivo "é renovar".
O AIA vai receber este ano o Mundial de Fórmula (25 de outubro) e Mundial de MotoGP (22 de novembro).
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