A luta entre o britânico Lewis Hamilton (Mercedes), que procura o hexacampeonato, e o alemão Sebastian Vettel (Ferrari), que persegue o 'penta', deverá animar a temporada de 2019 da Fórmula 1, que arranca no domingo, na Austrália.
A Mercedes parte como favorita depois de ter vencido os últimos cinco campeonatos, mas a Ferrari vem subindo de forma, sobretudo nos últimos dois anos. Nos testes de pré-temporada, a impressão deixada foi mesmo de uma grande melhoria dos carros italianos.
Esta foi uma das pré-épocas mais agitadas de sempre no que ao mercado de pilotos diz respeito. Apenas Mercedes (Lewis Hamilton e o finlandês Valtteri Bottas) e a Haas (o dinamarquês Kevin Magnussen e o francês Romain Grosjean) mantiveram os seus pilotos.
As restantes oito equipas reformularam as suas duplas, com destaque para a saída do australiano Daniel Ricciardo da Red Bull para a Renault, do finlandês Kimi Raikkonen da Ferrari (substituído pelo monegasco Charles Leclerc) e o abandono de mais um campeão, o espanhol Fernando Alonso, que deixou a McLaren, tendo sido substituído pelo compatriota Carlos Sainz.
Nota ainda para dois regressos, o do polaco Robert Kubica (Williams) e o do russo Daniil Kvyat (Toro Rosso). A eles juntam-se quatro estreantes. Os britânicos George Russel, na Williams, e Lando Norris, na McLaren. O italiano Antonio Giovinazzi chegou à antiga Sauber, agora renomeada de Alfa Romeo Racing e o tailandês Alexander Albon, à Toro Rosso.
O holandês Max Verstappen tem, em 2019, a grande oportunidade de afirmação. Aos 21 anos é, agora, claramente, o chefe de fila da Red Bull, este ano equipada com motores Honda, que, até ao momento, têm sido um pesadelo em termos de fiabilidade e desempenho.
"Até agora, cumpriram tudo o que prometeram", garantia, no domingo, Verstappen, o piloto que corre por fora pelo título.
Vettel será o mais pressionado. Desde que trocou a Red Bull (com a qual foi tetracampeão entre 2010 e 2013) pela Ferrari ainda não conseguiu regressar aos títulos. Foi batido consecutivamente por Lewis Hamilton nas duas últimas temporadas e o britânico garante que, aos 34 anos, está "melhor do que nunca".
A paciência com Vettel parece estar a esgotar-se no seio da 'Scuderia', que contratou o piloto mais jovem da sua história, Charles Leclerc, de apenas 21 anos. Para já, o alemão confia na Lina, o nome com que batizou o seu monolugar, como tem sido da praxe.
Os monolugares também apresentam uma aerodinâmica simplificada de forma a facilitar as ultrapassagens e tornar as corridas mais interessantes.
As audiências também têm acompanhado a evolução, tendo aumentado pelo segundo ano consecutivo em 2018. Os mais de 490 milhões de espetadores únicos representam um aumento de dez por cento face ao ano anterior.
De acordo com dados do promotor, o Brasil, com 115 milhões de pessoas, a China, com 68 milhões, e os Estados Unidos, com quase 35 milhões, foram os países em que a modalidade granjeou maior sucesso.
O campeonato arranca na Austrália, primeira das 21 provas previstas para esta temporada, e termina apenas em 01 de dezembro, em Abhu Dhabi.
O pelotão de 2019 está assim ordenado: Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, na Mercedes; Sebastian Vettel e Charles Leclerc, na Ferrari; Max Verstappen e Pierre Gasly, na Red Bull; Daniel Ricciardo e Nico Hulkenberg, na Renault; Romain Grosjean e Kevin Magnussen, na Haas; Carlos Sainz e Lando Norris, na McLaren; Sergio Perez e Lance Stroll, na Force India; Daniil Kvyat e Alexander Albon, na Toro Rosso; Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi, na Sauber e George Russel e Robert Kubica, na Williams.
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