O piloto francês Stéphane Peterhansel (Mini), com o português Paulo Fiúza como navegador, recuperou hoje terreno face ao líder do rali Dakar de todo-o-terreno, o espanhol Carlos Sainz (Mini), ao vencer a sexta das 12 etapas da prova.
Este foi o segundo triunfo da dupla luso-francesa nesta 42.ª edição, que se disputa na Arábia Saudita, com o duo a gastar 4:27.17 horas para percorrer os 477 quilómetros do setor seletivo que ligou Ha'il à capital Riade.
"Foi uma especial rápida, mas às vezes surgiam dunas, que nos faziam abrandar. Depois era rápida outra vez, a seguir lenta... mas o maior problema é que com estas velocidades temos de estar mesmo concentrados. Não é que seja cansativo fisicamente, é mais mentalmente", explicou o piloto da Alsácia, que já venceu a prova 13 vezes (seis em motas e sete em automóveis) e conta, agora, 78 triunfos em etapas nas 32 edições em que já participou.
Sainz foi segundo, a 1.35 minutos de Perterhansel, com o qatari Nasser Al-Attiyah (Toyota) a terminar em terceiro, a 3.22 do francês.
O espanhol Fernando Alonso (Toyota) voltou a mostrar-se, terminando em sexto, a 7.56 minutos.
"El Matador", como é conhecido o piloto espanhol, antigo bicampeão mundial de ralis, tem agora 7.46 minutos de avanço sobre Al Attiyah, segundo classificado na geral, e 16.18 face a Peterhansel, terceiro, numa altura em que começam a surgir as dunas e a areia.
Já o português Ricardo Porém (Borgward) chegou mais cedo ao dia de descanso. Devido a uma avaria na caixa de velocidades do seu carro ainda na quinta etapa, não pôde partir esta manhã.
Contudo, vai usar o ‘joker’, que lhe permite continuar em prova a partir de domingo, apesar de já não contar para a classificação geral, mas apenas para a Dakar Experience.
Nos SSV, o zimbabueano Conrad Rautenbach e Pedro Bianchi Prata (PH Sport) foram quintos, a 9.02 minutos do vencedor, o chileno ‘Chaleco' Lopez Can-Am, e estão em sexto da geral, a 1:00.14 horas de Lopez, que lidera.
Nas motas, o dia foi de sorrisos para a Honda, gerida pelo português Ruben Faria, com o apoio de Hélder Rodrigues, pois viu o norte-americano Ricky Brabec (Honda) vencer a etapa e cimentar a liderança da prova, aproveitando uma avaria sofrida pelo australiano Toby Price (KTM) nos últimos quilómetros e que lhe custou cerca de dez minutos.
Brabec gastou 4:36.28 horas para cumprir os 477 quilómetros da especial, deixando o espanhol Joan Barreda (Honda), segundo, a 1.34 minutos. O austríaco Mathias Walkner (KTM) foi terceiro, a 2.45.
O português Paulo Gonçalves terminou na oitava posição, a 8.16 minutos.
António Maio (Yamaha) recuperou da queda sofrida na véspera e foi 20.º, com Quim Rodrigues Jr. (Hero) em 27.º. Mário Patrão (KTM) terminou em 32.º e Fausto Mota em 36.º.
De fora ficou o alemão Sebastian Bühler (Hero), radicado em Portugal, com o motor da sua mota partido.
Na geral, o melhor português é, agora, António Maio, na 30.ª posição, mas já a 4:12.12 horas do líder. Fausto Mota é 34.º e Mário Patrão 38.º.
Paulo Gonçalves continua a recuperar terreno depois da avaria sofrida na terceira etapa e já vai em 46.º
No sábado, os pilotos desfrutam de um dia de descanso, retomando a prova no domingo, com a mais longa especial da prova, entre Riade e Wadir Al Dawasir, com 546 quilómetros cronometrados de um total de 741.
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