O motard argentino Kevin Benavides (Honda) é o novo líder do 40.º Rali Dakar, depois de hoje ter sido segundo na sexta etapa, com o francês Stéphane Peterhansel (Peugeot) a manter o domínio nos carros.
Benavides tornou-se no primeiro argentino a liderar o Dakar em 40 edições ao terminar os 196 quilómetros cronometrados de hoje a 30 segundos do vencedor da etapa, o francês Antoine Meo (KTM), que concluiu a tirada entre a cidade peruana de Arequipa e a capital da Bolívia, La Paz, em 01:54.10 horas.
O argentino destronou o francês Adrien van Beveren (Yamaha), que é agora segundo a 1.57 minutos, com o austríaco Matthias Walkner (KTM) no terceiro posto, a 2.50.
Já Meo subiu ao sétimo posto, a 10.42 minutos, e enquadra-se num ‘grupo perseguidor’ do trio mais destacado que inclui ainda o espanhol Joan Barreda (Honda), que já liderou a prova e segue no quinto lugar, ou o australiano Toby Price, campeão em 2016 e agora sexto.
O único português ainda em prova é Fausto Mota (Tesla-Tamega Rally), que hoje foi 45.º na etapa, ainda que tenha caído para 59.º na geral, fruto de uma penalização de seis minutos.
Nos carros, o bicampeão em título, e vencedor da prova por um número recorde de 13 vezes, continua a dominar os concorrentes, ainda que hoje tenha tido de se contentar com o segundo posto da etapa, atrás do espanhol Carlos Sainz (Peugeot).
O ‘Senhor Dakar’, contudo, cedeu apenas 4.06 minutos para o colega de equipa, que é segundo à geral a mais de 27 minutos. No terceiro posto segue o holandês Bernhard Ten Brinke (Toyota), a mais de uma hora e 20 minutos de Peterhansel.
O piloto francês parece estar cada vez mais a caminho da 14.ª vitória, depois da desistência do colega de equipa e compatriota Sebastien Loeb, na quarta-feira, ter deixado Sainz como único piloto com menos de uma hora de distancia.
O dia de hoje fica ainda marcado pelos confrontos entre a polícia e manifestantes que se opõem à realização da corrida, em La Paz, ainda que estes não tenham afetado a prova.
Cerca de 100 pessoas envolveram-se em confrontos com as forças policiais, que utilizaram gás pimenta e gás lacrimejante para os dispersar da beira da estrada, utilizada por pilotos e organização.
Segundo a agência noticiosa AFP, um veículo da organização foi atingido com cadeiras e garrafas de água vazias.
A corrida decorre no meio de um clima social tenso na Bolívia, onde a contestação do presidente Evo Morales tem subido de tom.
O presidente, no cargo desde 2006, deu as boas-vindas à prova através da rede social Twitter, manifestando o “orgulho de participar num evento que pode integrar a Bolívia no mundo, promover o desporto e atrair turistas”.
Na sexta-feira, os pilotos aproveitam um dia de descanso antes de regressarem a mais duas especiais em altitude, em solo boliviano, em que vão correr acima dos 3.000 metros.
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