Os Grandes Prémios de Fórmula 1 de Azerbaijão, Singapura e Japão foram cancelados, anunciou hoje a organização do campeonato, o que pode deixar Portugal mais perto de regressar ao calendário mundial da competição.

Em nota publicada no sítio oficial da Fórmula 1 na Internet, os promotores do Campeonato do Mundo referem que, "em resultado dos desafios apresentados pela [pandemia de] COVID-19", os organizadores locais "decidiram cancelar os seus eventos em 2020”.

"Estas decisões foram tomadas devido a diferentes desafios que os nossos promotores enfrentam nestes países. Em Singapura e Azerbaijão, o tempo necessário para construir circuitos citadinos fez com que receber eventos durante este período de incerteza se tornasse impossível e, no Japão, as restrições às viagens ainda em vigor levaram à decisão de não realizar a corrida", lê-se na mesma nota.

A sucessão de cancelamentos pode levar a que a segunda metade da temporada do Mundial de Fórmula 1 venha a realizar-se em circuitos que não integravam o calendário inicial de 2020, como o Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão.

"Ao mesmo tempo, fizemos progressos significativos com atuais e novos promotores para o calendário revisto e foi particularmente encorajado pelo interesse demonstrado pelos novos circuitos em receber a Fórmula 1 este ano", escrevem os responsáveis pela modalidade rainha do automobilismo.

Na quinta-feira, o diretor desportivo da Fórmula 1, o britânico Ross Brawn, anunciou a possibilidade de circuitos como o de Imola (Itália), Portimão (Portugal) e Hockenheim (Alemanha) poderem vir a acolher provas do Mundial de Fórmula 1 ainda em 2020.

O início da competição estava previsto para 15 de março, na Austrália, mas a prova foi cancelada devido à pandemia de COVID-19.

Ao todo, já foram canceladas ou adiadas 13 das 22 corridas da temporada, mas os responsáveis do campeonato esperam ter um calendário com 15 a 18 corridas até ao fim deste ano.

A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 418 mil mortos e infetou mais de 7,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.