O finlandês Valtteri Bottas venceu o Grande Prémio da Rússia em Fórmula 1, o seu segundo triunfo neste circuito e o segundo na época. O piloto da Mercedes aproveitou uma penalização de 10 segundos aplicada a Hamilton para vencer com 7,729 segundos de vantagem sobre o holandês Max Verstappen (Red Bull) e 22,729 face a Hamilton.
Apesar da penalização, Hamilton acabou em terceiro, mas adiou para o Nurburgring a possibilidade de igualar Michael Schumacher como piloto com mais triunfos na Fórmula 1. Se vencer, chegará às 91 vitórias.
Esta é a nona vitória de Valtteri Bottas na Fórmula 1, a segunda em Sochi onde esteve sempre no pódio. Com este triunfo, Valtteri Bottas distancia-se de Verstappen e ganha 11 pontos a Hamilton na luta pelo título, seguindo agora a 44 do seu colega de equipa.
Esta é também sétima vitória da Mercedes em Sochi, circuito onde a escuderia alemã venceu sempre: Hamilton em quatro ocasiões, Bottas em duas e Rosberg uma vez.
A corrida
Num circuito onde sair do primeiro lugar nem sempre significa vantagem, Hamilton, que partiu da pole (bateu o recorde da pista na qualificação) acelerou logo para a direita no arranque, para tentar travar alguma tentativa de Bottas, que bateu Verstappen no arranque e ganhou-lhe o segundo lugar. Mas antes da segunda curva já havia safety car, depois de o espanhol Carlos Sainz Jr. ter batido com o seu carro no muro, ao sair largo e ir atrás de Verstappen. Poucos metros a frente foi Lance Stroll a perder controle do seu carro e bater, obrigando a entrada do safey-car, que durou cinco voltas.
No novo arranque, Hamilton não deu hipóteses a Bottas e acelerou para a liderança. Mas, logo de seguida, recebeu uma má notícia: foi penalizado pela direção de corrida por, alegadamente, ter ensaiado uma partida na saída das boxes: duas penalizações de cinco segundos cada, algo que o deixou muito chateado, como foi possível ouvir na comunicação com o seu engenheiro de corrida.
Depois de cumprir a penalização quando foi as boxes trocar de pneus, voltou no 11.º posto, atrás de Vettel, e começou a 'caça' ao lugar mais alto da corrida, com várias ultrapassagens até chegar ao terceiro lugar.
Aos poucos Hamilton foi percebendo que seria quase impossível chegar a histórica vitória 91 na Fórmula 1. Estava muito longe de Bottas, que liderava sem problemas, à frente de Verstappen. O holandês poderia ser o alvo do campeão do Mundo mas a distância era enorme, sem contar com o facto de o piloto da Red Bull ter pneus mais frescos. Só uma nova situação de safety-car podia colocar Lewis Hamilton na luta pela vitória. Algo que não se verificou.
A corrida estava animada mais atrás, nos lugares de acesso aos pontos. Norris, Gasly e Albon travaram um luta intensa a três pela nona posição, ganha pelo piloto francês da Alpha Tauri.
Valtteri Bottas venceu assim num circuito só com vitórias da Mercedes. O finlandês ainda ganhou um ponto extra ao conseguir a volta mas rápida no circuito.
É a segunda vitória em 2020 e nona da carreira para Bottas, que não triunfava desde a prova inaugural da temporada, o GP da Áustria, e recuperou 11 pontos para o líder do campeonato, seguindo agora a 44 de Hamilton.
Hamilton falha assim a possibilidade de igualar Michael Schumacher como piloto como mais provas ganhas na Fórmula 1. O inglês da Mercedes poderá igualar o astro alemão no próximo dia 13 de outubro, no GP do Eifel em Nurburgring, Alemanha.
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