A recém-criada Federação Teqball Portugal (FTP) vai realizar no domingo um torneio de lançamento da modalidade em Odivelas, promovendo quatro circuitos nacionais em 2020 através de seis emblemas da I e II Liga de futebol.
“Toda a Europa está coberta pelo teqball, mas alguns países estão à frente de outros. Espero que esta competição coloque Portugal na linha da frente, porque não conheço nenhum outro torneio realizado entre clubes", adiantou à agência Lusa Károly Henczi, o húngaro que implementou este desporto em solo português em 2016 e hoje preside à FTP.
O organismo procura ser pioneiro na constituição de um campeonato nacional de teqball, com participação exclusiva de equipas convidadas, que permita atrair espetadores, clubes e patrocinadores para uma modalidade que seduz cada vez mais futebolistas.
"Vamos fazer um circuito de elite, opens' mais pequenos para quem quiser participar, e com prémios monetários, e um circuito universitário. A ideia do torneio promocional é que para o ano os clubes escolham os melhores jovens para competirem com as suas camisolas", referiu.
No Pavilhão Multiusos de Odivelas, FC Porto (Raúl Meireles e José Bosingwa), Sporting (Carlos Xavier e Pedro Xavier), Vitória de Guimarães (Fernando Meira e Pedro Mendes), Belenenses (Marco Paulo e Gonçalves), Vitória de Setúbal (Marco Tábuas e Tengarrinha) e Estoril-Praia (Mário Jorge e Nuno Abreu) estarão representados por duplas de ex-jogadores de futebol e alocados em dois grupos de três equipas, cujos vencedores passam à final do evento.
Inventado em 2014 por dois húngaros, o antigo futebolista profissional Gábor Borsányi e o cientista computacional Viktor Huszár, o teqball joga-se com uma bola de futebol numa mesa similar à do ténis de mesa, mas de tampo convexo para "facilitar o ressalto ao adversário".
Em pares ou singulares, o esférico é enviado para o outro lado da rede com recurso até três toques, à exceção dos braços, sendo que não se pode dar dois toques consecutivos ou devolver a bola duas vezes seguidas com a mesma parte do corpo.
Cada partida é disputada à melhor de três ‘sets', finalizados com 20 pontos, com os jogadores a disporem de duas tentativas para executar o serviço, que troca ao fim de quatro pontos.
O teqball espalhou-se por "mais de 100 países" e adquiriu embaixadores consagrados, como os ex-internacionais portugueses Luís Figo, Nuno Gomes e Simão Sabrosa, popularidade que Károly Henczi quer começar a intensificar no domingo, das 14:00 às 19:00.
O torneio será apadrinhado pelos antigos futebolistas José Calado e Carlos Chaínho e permite "recordar um passado recente" marcado pela "tendência de jogar futevólei no balneário", enquanto apresenta uma nova modalidade e define a "febre" futebolística do momento.
"Em termos lúdicos, é fantástico e trabalha muitas coisas, como a técnica, parte física, jogo de cabeça e ‘timing'. O teqball é muito completo e aparentemente parece ser fácil, mas precisa de coordenação e jogo de equipa. No futuro, vai dar um ‘boom' inimaginável, porque os clubes todos estão a adquirir mesas e há pessoas a tê-las a nível particular", afiançou à agência Lusa Carlos Chaínho, que passou por Casa Pia, Estrela da Amadora, FC Porto, Marítimo e Nacional.
Durante a competição, organizada em parceria com a Câmara Municipal de Odivelas, a FTP vai oferecer workshops a autarquias, clubes e escolas interessadas em desenvolver o teqball no auditório do Pavilhão Multiusos, entre as 14:30 e as 16:30.
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