A tocha olímpica dos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, será acesa em Fukushima como símbolo de reconstrução, depois de um tsunami e um desastre nuclear terem devastado a região em 2011, foi hoje anunciado.
De acordo com o Comité Olímpico japonês, a chama será acesa em Fukushima a 26 de março de 2020, antes de passar pela ilha tropical de Okinawa, de onde partiu nos Jogos Olímpicos de 1964.
Prevê-se a chegada à capital japonesa, destino final, a 10 de julho do mesmo ano.
A rota foi aprovada pelos membros do Comité Olímpico japonês numa reunião com representantes do governo nipónico.
"Faz todo o sentido que esta chama, símbolo da reconstrução, passe por todo o Japão, a começar por Fukushima", declarou a governante de Tóquio, Yuriko Koike.
Acender a tocha olímpica em Fukushima "reflete o desejo de que os próximos Jogos Olímpicos sejam de cura e resiliência", acrescentou Masayoshi Yoshino, ministro da Reconstrução japonês.
No dia 11 de março de 2011, um sismo de magnitude 9,1, seguido de um 'tsunami', danificou de forma grave a central nuclear de Fukushima, provocando o mais grave acidente nuclear desde Chernobil, em 1986.
A destruição de quatro dos seis reatores da central, atingida pelo 'tsunami', obrigou à retirada de milhares de habitantes de várias localidades.
As três prefeituras mais atingidas foram Iwate, Miyagi e Fukushima.
Mais de 70 mil pessoas ainda estão deslocadas das suas comunidades originais e muitas assumem que nunca poderão regressar às suas terras.
Mais de 18.500 pessoas morreram ou desapareceram em março de 2011, de acordo com as autoridades japonesas.
"Queremos que os sobreviventes do desastre sejam portadores da tocha olímpica, para dar apoio a todos nessas áreas devastadas", concluiu.
No total, a tocha deverá passar por 47 prefeituras japonesas, antes de atear a chama olímpica em Tóquio, marcando a abertura oficial dos Jogos Olímpicos, a 24 de julho de 2020.
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