As más condições climatéricas em Zaslavl, nos arredores de Minsk, estão a afetar a prova da canoagem dos II Jogos Europeus, com algumas tripulações portuguesas a acreditarem que poderiam fazer melhor com situação estável.
“Não saio satisfeito. Ia nas pistas de lá onde está o caos. Na quarta-feira tinha feito uma excelente prova onde tinha controlado contra os melhores do mundo e hoje foi impossível fazer melhor do que oitavo nestas condições. Saio com a sensação de que poderia ter feito muito mais, poderia pelo menos ter melhorado resultado [quinto] de Baku”, queixou-se Hélder Silva, oitavo em C1 200.
Muitas das finais dos 200 e 500 metros foram disputadas sob forte chuva e vento, inclusivamente com ondulação, fatores impróprios para a modalidade.
“Acho que nunca competi assim na minha vida, uma prova como nunca me tinha acontecido. É uma prova muito curta com diferenças também pequenas e que ronda os 36, 37 segundos e hoje fizemos 46. São mais 10 segundos... Ainda por cima, quando largámos veio uma rajada, o nosso barco ficou torto e não conseguimos arrancar como habitualmente. Fomos sextas, mas estes resultados não correspondem à realidade”, lamentou Teresa Portela.
Joana Vasconcelos, a sua companheira no K2 200 que foi sexto, recordou, ainda assim, que esta competição “não é o principal foco” de ambas, empenhadas no K4 500 para o Mundial com Francisca Laia e Francisca Carvalho, não sabendo ainda se farão alguma prova apenas as duas no apuramento para Tóquio2020.
Há um ano, o militar da GNR Hélder Silva anunciou o fim da carreira, contudo repensou a decisão e voltou esta época “muito forte”, atribuindo esse estado ao facto de ter regressado à vila de Prado.
“Algumas pessoas pediram para não desistir e eu também não tinha essa vontade. Tive alguns apoios para continuar. Agora estou na minha cidade e a remar no meu rio, perto da família. Estou mais tranquilo. Tenho-me sentido superbem, o que é uma vantagem”, concluiu.
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