A ilha do Sal vai acolher, em fevereiro de 2018, a 1ª etapa do Circuito Mundial de Kitesurf, tendo o ministro do Desporto, Fernando Elísio, manifestado a intenção de especializar a ilha na organização de eventos de desportos náuticos.
A intenção foi manifestada esta sexta-feira, em Santa Maria, no ato de assinatura do memorando de entendimento com a Nautic Sport Eventos, empresa credenciada pela Associação Mundial de Kitesurf, Global Kitesports Association (GKA), para a organização da etapa do Sal, marcada para 17 a 25 de fevereiro do próximo ano.
A etapa do Sal de Kitesurf contemplará a realização de provas de ondas e Strapless Freestyle e, enquanto um dos principais parceiros da actividade, Fernando Elísio Freire afiançou que o Governo não só quer incentivar e apoiar a realização da atividade em 2018, mas garantir também a passagem do circuito mundial, anualmente pelo país.
“Nós queremos que a ilha do Sal se especialize na organização de eventos desportivos de praia, desportos náuticos porque tem todas as condições. Tem hotéis, tem um conjunto de investimentos já realizados e isso pode potenciar o nosso país”, referiu, acrescentando que o executivo pretende com este circuito mundial de Kitesurf iniciar um processo de colocar o Sal no roteiro internacional do campeonato do mundo da modalidade.
“Que essa atividade seja corriqueira e normal. Que não façamos hoje um circuito e só daqui a dez anos voltar a fazer. Queremos que a ilha do Sal e Cabo Verde possa receber, normalmente, todos os anos uma etapa do circuito mundial de kitesurf”, manifestou.
Isto porque, segundo Fernando Elísio, faz parte, por um lado, da visão do Governo em transformar a ilha numa plataforma especializada neste tipo de eventos desportivos, em segundo lugar, pela promoção do turismo e afirmação do país no mundo, e também pelo facto de Cabo Verde ter campeões do mundo, daí a ambição.
“Estamos a fazer agora o kitesurf, em 2019 queremos trazer o surf, vamos organizar os jogos africanos olímpicos de praia. De acordo com as especificidades queremos ligar todas as ilhas com o turismo e afirmação do país, também via desporto, no circuito internacional e na economia mundial”, sublinhou o governante.
Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal do Sal, Júlio Lopes, considerou a realização deste evento uma “importante” forma de promoção da ilha e do país.
“Acho que o Governo está com uma visão muito certeira em relação ao kitesurf e outras actividades desportivas, uma nova visão, não só ao serviço da juventude mas da própria promoção do país, o que vai ter impacto no turismo e em outras actividades económicas” salientou o autarca.
Em representação da Nautic Sport Eventos, Djô Silva disse, com visível satisfação, que se trata de um “momento histórico” para o kitesurf nacional.
“Como vem sendo dito, os kitesurfistas cabo-verdianos têm mostrado um potencial enorme lá fora, campeões do mundo… e não podíamos deixar de pensar trazer, algum dia, uma etapa internacional. É uma questão de orgulho realizar essa 1ª etapa do Circuito Mundial de kitesurf, no Sal. Damos um passo muito importante”, exteriorizou Djô Silva.
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