O covilhanense disputa dia 12 a prova de slalom gigante e dia 14 a de slalom, na competição que se equipara a uns campeonatos olímpicos juniores à escala europeia, um ano antes dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude.
Manuel Ramos acentua não se querer comprometer com resultados, mas mostra-se "confiante num bom resultado", que passa por melhorar a sua posição no ranking da Federação Internacional de Esqui (FIS).
"Não me comprometo com resultados, mas sim com a certeza de que farei tudo o que estiver ao meu alcance para honrar as cores do nosso país. Esta competição vai ser a minha primeira experiência olímpica, e espero retirar daqui uma grande lição para encarar o meu sonho: a qualificação para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, na China", disse o atleta à agência Lusa.
O esquiador continua a ser aluno de uma escola na Covilhã, mas mudou-se no ano passado para Jaca, uma cidade espanhola nos Pirenéus Aragoneses, no âmbito de um programa de "ski estudo", permitindo conciliar a prática desportiva de alto rendimento com o plano curricular, explica o atleta, que tomou a decisão depois de perceber que, se queria "dar o salto", teria de aumentar o tempo de treino.
Sérgio Figueiredo, diretor técnico nacional, nota uma evolução desde que Manuel Ramos passou a poder treinar todos os dias, e tem a expectativa de o ver terminar as provas "no segundo terço da tabela".
"Se conseguir acabar as duas mangas e ficar ali nos 60 primeiros, é um bom resultado, numa prova onde devem estar 90 a cem atletas", frisa Sérgio Figueiredo, em declarações à Lusa.
Pedro Farromba, presidente da Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP), destaca o "esforço pessoal imenso do Manuel Ramos e da família" para que ele possa fazer partes do ano letivo num local que lhe permite também treinar diariamente e melhorar.
O Festival Olímpico da Juventude, diz o dirigente federativo, "é uma base de onde podem surgir os futuros campeões".
Para Pedro Farromba, a presença do atleta vai ao encontro do objetivo de Portugal: "conseguir estar sempre representado em todas as grandes competições de inverno".
"Depois é continuar a fomentar o crescimento desses atletas", acrescenta, à lusa, Pedro Farromba.
A acompanhar Manuel Ramos, que começou a esquiar aos três anos, na Serra da Estrela, vai estar Pedro Flávio, o chefe de missão e vice-presidente da FDIP.
No FOJE 2019 participam mais de 900 atletas, de 43 países, em oito modalidades, entre as quais o esqui alpino.
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