A Federação Portuguesa de Columbofilia (FPC) lançou o projeto de solidariedade ‘Asas solidárias’, criado na sequência da pandemia da covid-19, para angariar material de proteção individual para os “cerca de dez mil columbófilos” portugueses.
A iniciativa, que pretende responder, “no imediato”, à necessidade de angariação de material de proteção individual, como máscaras, luvas e viseiras para os columbófilos, está ser desenvolvida “em estreita ligação com diversas entidades e empresas”, refere a FPC, numa nota enviada hoje à agência Lusa.
“Para responder às orientações transmitidas pelas autoridades nacionais e garantir a prática da modalidade em segurança”, a Federação “implementou um plano de contingência exigente, que obriga todos os columbófilos à utilização de material de proteção individual”.
No âmbito do ‘Asas solidárias’, a FPC estabeleceu recentemente uma parceria com a empresa GPLoft que irá realizar um leilão solidário no final do mês de maio, revertendo o valor angariado para aquisição de “material de proteção e de constatadores eletrónicos para apoio à evolução tecnológica”, refere a associação.
Também foi criado o selo ‘Eu apoio a columbofilia nacional/I turn ON with GPLoft”, que será colocado nos leilões GPLoft dos columbófilos ou entidades que disponibilizarem 5% do valor obtido para esta causa.
Outras empresas já se associaram a esta iniciativa, como a Pedro Porto, com a oferta de cerca de 500 litros de gel desinfetante e a disponibilização de máscaras a preço de custo, assim como a Benzing com a entrega de 10 constatadores prontos a usar e 100 licenças pedigree 1 ano.
O ‘Asas solidárias’ abraçará, “no futuro, outras iniciativas de auxílio aos columbófilos ou à sociedade civil em geral desenvolvidas pela FPC e seus parceiros”.
Entretanto, “para animar os columbófilos” neste “período de isolamento”, provocado pela pandemia, a FPC criou o ‘Desafio da quarentena’, para “incentivar os praticantes da modalidade a ficarem em casa, sem esquecer a grande paixão que os move e mantendo-os em contacto com a comunidade columbófila”.
O concurso, desenvolvido através do Facebook, desafia “todos os que queiram participar” a enviarem “fotografias e pequenos vídeos feitos durante este período de isolamento”.
A iniciativa também “surge no âmbito da responsabilidade que a FPC assume, tornando-se assim um agente de saúde pública, a par dos demais, e apelando ao cumprimento das medidas de confinamento”, sublinha a Federação.
O vídeo mais original e a foto mais criativa terão como prémio a inscrição de um pombo no Grand Prix, a disputar em Mira (distrito de Coimbra), em 24 de outubro deste ano, no valor de cem euros.
Embora “todas as provas de columbofilia” estejam atualmente suspensas, os columbófilos “continuam a treinar os seus pombos a partir de casa, o que ajuda também a "tornar o isolamento menos doloroso", sustenta, citado pela FPC, o presidente da instituição, José Luís Jacinto.
A Federação prevê retomar a atividade desportiva na primeira quinzena de maio, mas quer “garantir que esse regresso é feito sem representar riscos para a saúde de nenhum dos envolvidos”, estando, para isso, a preparar um “manual de boas práticas e procedimentos seguros, em conjunto com uma empresa certificada, que será distribuído a todos os praticantes”.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Em Portugal, morreram 854 pessoas das 22.797 confirmadas como infetadas, e há 1.228 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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