O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China classificou hoje como "informações falsas" os 23 casos de alegada dopagem entre nadadores chineses em 2021 e garantiu que os atletas "não cometeram qualquer falta ou negligência".
O porta-voz do ministério, Wang Wenbin, disse em conferência de imprensa, que o caso já tinha sido investigado pela Agência Antidoping chinesa "minuciosamente, completamente e em pormenor".
Os casos vieram a público recentemente, publicados por órgãos norte-americanos, alemães e australianos, que acusam a Agência Mundial Antidopagem (AMA) de aceitar a versão dos acontecimentos da Agência Antidopagem chinesa, que atribuiu os resultados positivos à contaminação por exposição acidental.
Os atletas, entre os quais seis medalhados nos Jogos de Tóquio 2020, testaram positivo para a substância proibida trimetazidina (TMZ), um medicamento utilizado para tratar a angina de peito.
A AMA disse que tomou conhecimento dos casos em 2021 e da decisão da China de os deixar passar sem punição.
De acordo com Wang, os resultados positivos devem-se à "ingestão não intencional de alimentos contaminados", exonerando os atletas de qualquer culpa ou negligência.
O porta-voz sublinhou que o Governo chinês mantém uma política de "tolerância zero" em relação à dopagem, "cumprindo rigorosamente" o Código Mundial Antidopagem e "contribuindo ativamente para a luta global unificada" contra a prática, ao mesmo tempo que reitera o compromisso da China de "proteger a saúde física e mental dos atletas" e promover a "competição justa" no desporto.
Especialistas citados pelo jornal oficial Global Times acusaram os órgãos de comunicação e as organizações internacionais de "difamar os atletas chineses" e "tentar sufocar o desporto chinês, especialmente tendo em conta a aproximação dos Jogos Olímpicos de Paris 2024".
A Agência Mundial Antidopagem (AMA) anunciou na semana passada que "se reserva o direito de tomar medidas legais" contra aqueles que espalharam "notícias enganosas" sobre a sua possível permissividade em tais casos.
A Agência Internacional de Testes (ITA), responsável pelos testes globais, também se interessou pelos casos em 2022, assim como a agência antidopagem dos EUA em 2023.
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