O canoísta José Ramalho lidera as aspirações portuguesas a uma medalha de ouro nos mundiais de maratonas, que de quinta-feira a domingo juntam cerca de 1.000 competidores de 38 países na Vila de Prado, Vila Verde, em Braga.

Portugal é candidato a vários pódios, mas o atual pentacampeão da Europa de K1 é quem mais hipótese tem de fazer ouvir o hino português nas margens na praia fluvial do Faial, no rio Cávado, embora nunca tenha conquistado este cetro.

Seis vezes campeão da Europa, conquistando os últimos cinco cetros consecutivamente, o vila-condense já tem palmarés igualmente interessante em mundiais, tendo sido bronze em 2009, 2014 e 2016 e prata em 2012, faltando-lhe apenas o ouro.

Rui Lacerda é outro nome a ter em conta, uma vez que já está habituado ao sucesso nas canoas (C1): o atual vice-campeão da Europa tem percurso exemplar enquanto sub-23, pois nesse escalão conseguiu duas medalhas de bronze em Mundiais e dois títulos de campeão europeu.

Lacerda terá a companhia do experiente Nuno Barros, campeão do Mundo em 2010, sendo ainda bronze em 2014, 2015 e 2016, e a cooperação dos amigos limianos e o bom conhecimento do rio podem facilitar a chegada ao pódio.

Ainda nas canoas, Sérgio Marcial é o vice-campeão do Mundo sub-23, tendo em junho sido bronze europeu: no escalão abaixo, em juniores, e Leonardo Vicente já conhece o sabor de medalhas europeias, desejando agora uma mundial.

Portugal apresenta uma equipa de 35 canoístas, sendo que José Ramalho, Alfredo Faria, Miguel Rodrigues e Joana Marinho Sousa fazem K1 e K2, enquanto Rui Duarte Lacerda, Nuno Barros e Ricardo Coelho competem em C1 e C2.

A Vila de Prado destaca-se por ser o primeiro destino a receber as três maiores provas internacionais de maratonas, os Europeus em 2013, a Taça do Mundo em 2016 e agora o campeonato do Mundo.

A Federação, o Clube Náutico de Prado e a autarquia de Vila Verde uniram esforços numa organização orçada em 300 mil euros.