O 11.º lugar na prova de K2 500 metros dos Mundiais de canoagem, com poucos treinos de conjunto, não bastou para Joana Vasconcelos e Francisca Laia se apurarem para Paris2024, contudo, o sonho olímpico permanece firme na dupla.
“Depois da desilusão de não termos apurado o K4 e de termos falhado a regata das medalhas do K2, vínhamos para vencer a final B. Demos o nosso máximo. Não conseguia dar nem mais uma pagaiada. Estamos de consciência mais do que tranquila”, disse à Lusa Francisca Laia.
Na pista dois, a dupla esteve sempre na cabeça da prova, concluindo o seu desempenho em 1.44,588 minutos, apenas batidas pelo Cazaquistão, mais rápido 1,270 segundos.
“Sentimos que poderíamos ter ido mais além. Na meia-final, na qual não atingimos a final, fomos superadas por três duplas que se dedicam exclusivamente ao K2 e nos vínhamos de desgastante prova de K4 500. Podíamos mesmo ter ido mais longe…”, desabafou Francisca Laia.
Sem conter a frustração, garantiu que a dupla deu “tudo” o que tinha durante um “processo longo e desgastante, no qual é preciso ultrapassar várias adversidades e contrariedades”.
Quando Francisca Laia se prostrou no deck ao sair da água para pesagem do barco, Joana Vasconcelos ajoelhou e repousou num interminável abraço na companheira de equipa, que terminou em lágrimas.
“Apesar de em Portugal sermos muitas vezes adversárias em K1, acima de tudo somos muito amigas e respeitamo-nos. Fazemos uma excelente dupla. Foi o abraço de quem sentiu que, do que dependia de nós, tudo foi feito para sermos bem-sucedidas”, disse Joana.
A dupla mantém, ainda assim, o sonho olímpico, mesmo sabendo que “é muito difícil”, pois, em maio de 2024, na repescagem Europeia, há somente uma vaga em disputa.
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