Renato Garrido destacou a vitória de Portugal no Mundial de Hóquei em Patins como sendo um triunfo do desporto português. O selecionador de Portugal sublinhou que há espaço para as modalidades ditas amadoras, num país onde o futebol ocupa quase todos os destaques.

"Há espaço para todos. Claro que o futebol é um mundo à parte, e nós também adoramos o futebol, mas queremos que a nossa modalidade também seja apoiada e que as nossas vitórias façam sentido. Representamos o País para elevar o nome de Portugal. Esta vitória é do hóquei, mas hoje recebi mensagens de pessoas do futebol, do basquetebol… amigos de todas as modalidades que vibram connosco como nós vibramos com eles", disse à RTP, no final do jogo com a Argentina, ganha por Portugal por 2-1, nas grandes penalidades.

O selecionador nacional destacou a componente humana dos atletas, fulcral para superarem as adversidades.

"Esta é uma vitória de um grupo de jogadores que interpretaram o trabalho que eu, o Edo Bosh e o Nuno Cerqueira fomos fazendo ao longo de semanas, que sabemos que lhes custou bastante. Foram sempre inexcedíveis, em todos os aspetos. Além de desportistas, estes jogadores têm uma parte humana e só com ela foi possível conseguir o que conseguimos", terminou.

Portugal sagrou-se, este domingo, campeão mundial de hóquei em patins, 16 anos depois da última conquista, ao vencer a Argentina, por 2-1, no desempate por grandes penalidades, após um nulo no final do encontro. No desempate por grandes penalidades, Gonçalo Alves e Hélder Nunes marcaram para Portugal, enquanto pela Argentina apenas conseguiu marcar Nicolia.

A formação das ‘quinas’ conquistou o 16.º título mundial, menos um do que a recordista Espanha, reconquistando um título que lhe fugia desde 2003, em Oliveira de Azeméis.

Fora de Portugal, a 'equipa das quinas' não vencia um título desde 1993, sendo que, em Espanha, apenas se tinha sagrado campeão mundial uma vez, em 1960.