Numa reedição da final da última edição da prova, em 2019, que venceu no desempate por penáltis, Portugal joga esta noite, a partir das 23h30, a final do Mundial de Hóquei em Patins masculino frente à anftriã Argentina, na 'maldita' cidade de San Juan, na Argentina.
Quebrar a maldição
Maldita, porque Portugal, nunca conseguiu fazer ouvir 'A Portuguesa' no lugar mais alto do pódio na 'capital' do hóquei patinado argentino. Esta é a sétima edição do Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins ali disputada e o que melhor os lusos conseguiram nas seis anteriores edições decorridas no mítico Pavilhão Aldo Cantoni foram dois segundos lugares, alcançados em 1989 e 1970. Portugal terminou ainda em terceiro em 2011 e 1978 e fora do pódio em 2001, edição em que finalizou na quarta posição.
Portugal está na Argentina como campeão do Mundo, depois de ter erguido o título em 2019, em Barcelona, triunfo que colocam fim a uma 'seca' de 16 anos, período no qual o domínio foi da Espanha.
Igualar o registo da Espanha
Uma Espanha que totaliza até à data 17 ceptros mundiais, contra 16 de Portugal. Quer isto dizer que, em casa de vitória esta noite, Portugal não só quebrará a maldição de San Juan, como igualará Espanha como o país com mais títulos de campeão do mundo de hóquei em patins. Portugal é já o país com mais Campeonatos da Europa conquistados na modalidade.
Pela frente, porém, Portugal vai defrontar uma Argentina que não só por ter o 'fator casa' do seu lado mas também por contar com jogadores de grande craveira (parte deles a atuar em Portugal) não será 'pera doce'.
Argentina muito forte, mas Portugal também tem as suas armas
A Argentina joga em casa e tem um plantel formado com alguns dos melhores hoquistas da atualidade, entre eles Lucas Ordóñez, Pablo Álvarez e Carlos Nicolía, que jogam no Benfica, Matías Platero e Gonzalo Romero, que alinham no Sporting, Ezequiel Mena, jogador do FC Porto, ou Conti Acevedo, guarda-redes do OC Barcelos; depois, há ainda, por exmeplo, Matías Pascual, do Barcelona.
Mas Portugal também tem as suas armas. Para revalidar o título e conquistar San Juan, o selecionador nacional, Renato Garrido, levou um grupo de jogadores com muita experiência, onde o mais novo, Hélder Nunes, tem 28 anos. Cinco dos convocados estão acima dos 30 anos.
O técnico, porém, rejeita críticas de que este seja um plantel envelhecido, destacando a sua experiência e o facto de os jogadores disputarem as melhores Ligas e as principais provas da modalidade. "Eles estão num momento ótimo e no máximo da experiência da carreira. Para já estamos bem e não considero que temos uma seleção com muita idade, embora aos poucos vamos integrando um ou outro jogador", referiu Renato Garrido antes do início da competição.
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