A Federação Portuguesa de Golfe (FPG) enviou o plano de reabertura da atividade ao Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, a quem volta a reiterar a segurança da modalidade e apela ao “cumprimento do calendário de retoma.”
De acordo com as medidas decretadas pelo Governo, para um “desconfinamento a conta gotas”, como frisou o primeiro-ministro, António Costa, o golfe poderá reabrir em 05 de abril, juntamente com outras modalidades e setores, mas o presidente da FPG fez questão de transmitir a João Paulo Rebelo “o plano e trabalho para uma retoma com toda a segurança e confiança, assegurando a saúde pública, sem falta a 05 de abril, independentemente de haver algum atraso”.
“O golfe é uma modalidade que deve ser permitida, por ser organizada, praticada em instalações próprias e de forma controlada e coordenada. Já deu para perceber nas entrelinhas que o desconfinamento a conta gotas poderá não contemplar a abertura de algumas atividades a 05 de abril e, nós, não podemos consentir, de forma nenhuma, que o golfe não seja permitido a partir dessa data, considerando as nossas circunstâncias”, começou por explicar Miguel Franco de Sousa, em declarações à agência Lusa.
Além de manifestar “incompreensão com a decisão do Governo de manter fechados os campos de golfe, uma modalidade tão segura, com um número relativamente reduzido de praticantes e com poucas instalações desportivas”, o dirigente defende ser “incoerente a permissão, por outro lado, da prática desportiva em espaços públicos, com grande afluência de pessoas e de uma forma totalmente desorganizada, colocando, aí sim, em risco as probabilidades de contágio [com o novo coronavírus]”.
“Temos sido pacientes e a nossa intenção é que se cumpra o calendário. Foi uma enorme deceção não termos retomado a 15 de março, pois acreditávamos que podíamos fazer parte dessa primeira fase do desconfinamento. Somos um produto da economia fundamental para o país e temos milhares de pessoas sem poder praticar atividade física, optando por fazer algum exercício em circunstâncias que acarretam muitos mais riscos, seja a andar de bicicleta, a correr ou andar em parques, que sentem que estas medidas são tão incoerentes e inconsequentes e incompreensíveis que temos de dar voz aos nossos praticantes e associados”, acrescentou.
Na missiva enviada ao Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, a FPG pretende ainda, segundo Franco de Sousa, zelar para que “em eventuais futuros confinamentos e medidas mais drásticas se possa permitir a atividade desportiva aberta, em particular o golfe, porque não acarreta qualquer risco de contágio do vírus”.
“O golfe é praticado em áreas que rondam os 60 hectares e que não comportam mais do que 150 praticantes em simultâneo, pelo que a área disponível por praticante ronda os quatro mil metros quadrados. O golfe é uma modalidade individual, praticado ao ar livre e por pessoas de todas as idades e inevitavelmente com distanciamento social”, advoga a carta enviada a João Paulo Rebelo.
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