O ala Tiago Brito afirmou que a seleção portuguesa de futsal tem a ambição de voltar a conquistar o Campeonato do Mundo, mas que tem também noção das dificuldades que vai encontrar pela frente.
“É lógico que é o que ambicionamos, mas também temos noção da grande dificuldade que nos espera. Não é algo que seja novo para estes jogadores, mas é algo que será muito mais trabalhoso do que foi no passado”, disse o ala, no arranque da preparação.
O jogador do Sporting de Braga é um dos 16 eleitos pelo selecionador Jorge Braz para o estágio de preparação para o Campeonato do Mundo, que vai decorrer de 14 de setembro a 06 de outubro, no Uzbequistão.
Em declarações prestadas à comunicação social, em Rio Maior, o esquerdino, que contribuiu para a conquista do título mundial em 2021, na Lituânia, sublinhou que a equipas das ‘quinas’ vai entregar-se “diariamente” para “vencer a competição”.
Tiago Brito aposta em fazer “uma grande preparação”, para poder “olhar com outros olhos para os jogos da fase de grupos”.
O capitão do Sporting de Braga prefere não apontar nenhuma seleção como favorita à conquista do cetro, justificando com o facto de, nos últimos anos, os “grandes candidatos” não terem sido os vencedores.
“Aponto sempre para as equipas que são muito eficazes na sua tarefa de jogo a jogo, dado que as que colocam objetivos curtos, mas conscientes, são certamente as que conseguem ir longe. E nós, como somos uma seleção humilde, como sempre fomos, não vamos fugir a essa regra”, frisou.
Portugal integra o Grupo E e vai começar o Mundial em 16 de setembro, diante do Panamá, seguindo-se os embates com a seleção do Tajiquistão, a dia 19, e com Marrocos, a 22.
Os dois primeiros classificados de cada agrupamento, assim como os quatro melhores terceiros classificados, avançam para a etapa a eliminar.
Relativamente ao que a formação liderada por Jorge Braz vai encontrar numa primeira fase, o ala não perspetivou facilidades, embora atribua favoritismo aos portugueses.
“É uma falsa humildade se não disser que Portugal não é candidato a passar a fase de grupos. É uma obrigação nossa, mas vão ser jogos em que teremos de estar no máximo das nossas capacidades para vencê-los porque são seleções extremamente ambiciosas, muito dotadas tecnicamente e só Portugal ao seu melhor nível conseguirá atingir esse objetivo de uma forma clara”, justificou.
Portugal, que vai cumprir o estágio de preparação entre Rio Maior e Viseu, vai realizar sete jogos de preparação – Uzbequistão, Angola, Cuba, Costa Rica, Ucrânia e Paraguai, este último por duas ocasiões –, sendo que, dos 16 jogadores que compõem o atual grupo de trabalho, dois vão ficar de fora da lista final.
Esta é, sustenta Tiago Brito, uma situação cada vez mais frequente.
“Acho que, mentalmente, o jogador português está bem consciente que ter de deixar jogadores de fora é uma situação normal hoje em dia, por isso, iremos todos trabalhar para dificultar ao máximo a vida do mister Braz”, avaliou, já depois de reconhecer que “todos começam do mesmo patamar” e que “todos têm de lutar pelo seu lugar sempre com a mente num bem comum, que é a seleção”.
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