Portugal voltou a perder com a Itália, em mais uma fase a eliminar de uma grande competição. Repete-se a história pela terceira vez. Primeiro no Europeu 2012 (Croácia), depois no Mundial 2012 (Tailândia), e agora no Europeu 2014 (Bélgica).
O SAPO Desporto foi falar com o capitão da seleção italiana, Gabriel Lima, autor de dois golos neste jogo, para perceber onde estão realmente as diferenças entre as duas equipas.
O ala/fixo defende que há poucas diferenças de qualidade entre as duas formações. Mas, dentro das poucas que há, e que fazem pender o jogo para um dos lados, Gabriel começa por destacar o sentido “mais coletivo” da Itália, referindo que esta tem um grupo mais homogéneo.
«Portugal tem jogadores muito talentosos, alguns dos melhores do mundo como Ricardinho e Cardinal, que nos criam dificuldades. A gente talvez tenha um espírito de grupo maior. Se me perguntar quem é o grande jogador da Itália neste torneio, podemos falar de vários nomes, não existe um que se destaque mais do que os outros. Talvez seja essa a grande diferença», começou por confessar.
Gabriel Lima corroborou as declarações de Ricardinho, e confirmou que a Itália é, por norma, mais «cínica», o que resulta numa «maior eficácia» ofensiva.
«Sofremos em muitos momentos do jogo. Portugal pressiono-nos muito, teve mais oportunidades de golo do que nós, mas nós fomos cínicos. A Itália tem aquela história de ser forte na defesa. Se nós conseguimos fazer os golos nas poucas oportunidades que temos, depois na defesa a Itália tem aquela garra e vontade histórica», frisou.
As estatísticas do jogo comprovam-no. Portugal fez 52 remates, contra 33 da Itália. Portugal atirou a bola por três vezes ao poste, contra uma da Itália. Portugal teve 15 cantos, contra 8 da Itália. Mas o resultado final foi favorável aos transalpinos (4-3).
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