O selecionador português de futsal feminino, Luís Conceição, admitiu hoje o “desejo” que conquistar o título europeu, mas retirou pressão à ‘equipa das quinas’, antes do jogo das meias-finais com a Ucrânia.
Na conferência de imprensa realizada no Pavilhão Multiusos de Gondomar, onde vai decorrer o primeiro Campeonato da Europa feminino da modalidade, Luís Conceição recusou a ideia passada pelos congéneres da Ucrânia e da Rússia de que Portugal e Espanha são os únicos favoritos a vencer o troféu.
"Ninguém vem para aqui passear, já andamos nisto há demasiado tempo para acreditar em certas coisas", frisou o treinador português, que descreveu a Ucrânia como "uma seleção tipicamente física", que disputa "os duelos individuais com muita intensidade, defendendo com linhas muito baixas e a dar o jogo".
Reiterando que os quatro jogos das meias-finais vão ser “bastante equilibrados” e que se "irão decidir por poucos golos", Luís Conceição observou que ganhar o troféu em casa, juntando-o ao conseguido em 2018, na Eslovénia, pela equipa masculina "não é pressão, mas um desejo".
O técnico agradeceu também o elogio feito pelo selecionador masculino, Jorge Braz, que afirmou que a seleção feminina é "superiormente dirigida" por Luís Conceição: "Vindo do, provavelmente, melhor treinador do mundo na atualidade deixa-me satisfeito", assinalou.
Com o torneio a decorrer em Gondomar, o selecionador português enalteceu o "apoio no Norte do país, onde se sente um sentimento e calor humano diferentes".
Para o selecionador da Ucrânia, Oleg Shaytanov, o percurso de Espanha e de Portugal nos últimos anos pesa na chegada à fase final, mas recusou ‘atirar a toalha ao tapete’.
"Há que assumir que os resultados dos últimos anos falam por si e que Portugal e Espanha são muito fortes, mas não vai ser um campeonato fácil, nem vamos assumir a derrota. Vamos jogar para ganhar", disse.
Questionado sobre a vantagem de Portugal poder contar com forte apoio do público presente na partida de sexta-feira, o técnico ucraniano procurou desmontar esse cenário, lembrando que poderá ter um efeito negativo.
"Sabemos que Portugal joga em casa e que as bancadas estarão cheias, mas isso também pode ser mau e o medo de desiludir e de perder pode ter também o seu peso", sustentou Oleg Shaytanov.
Ucrânia e Portugal defrontam-se na sexta-feira, pelas 21:45, no segundo jogo das meias-finais, depois do embate entre Rússia e Espanha.
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