SAPO Desporto: Em 18 jogos, Portugal venceu apenas por uma vez a Espanha (Salamanca, 2005). O que tem faltado?
Gonçalo Alves: Tem sido complicado. É uma selecção que está acima da nossa, mas nós temo-nos aproximado. Antes levávamos goleadas e agora raramente isso acontece. Ainda agora no Grand Prix (Portugal 1-3 Espanha) “batemo-nos” muito bem. Ainda nos falta dar ali um passo. A mentalidade está a mudar. Espero quando sair da selecção que tenhamos alcançado mais alguma vitória contra a Espanha.
SD: Após a derrota na final do Europeu e, mais recentemente, no Grand Prix, há, entre vocês, um pequeno sentimento de vingança, um sentimento de querer dar a volta a isto?
GA: Há sempre. Nestes jogos Portugal – Espanha damos sempre o máximo. Nós vamos jogar amanhã (terça-feira) como se fosse a final do campeonato da Europa. São destes jogos que nós gostamos e que fazem de nós mais jogadores. É a mensagem que passo aos meus colegas mais novos da selecção. Quando era miúdo, depois de um jogo com a Espanha, sentia que tinha crescido mais qualquer coisa. Eu aprendo sempre com eles (espanhóis). Eles diariamente treinam e jogam com os melhores, o que não acontece no nosso campeonato, infelizmente.
SD: Aos 33 anos já existe uma meta traçada na sua cabeça de quando abandonará a selecção nacional?
GA: Não penso nisso. Sinto-me bem fisicamente. Não sinto a idade a cair em cima de mim ou a pesar-me. Já não recupero da mesma forma, mas tornei-me mais inteligente a jogar e a saber lidar com isso. Abandonar a selecção não me passa pela cabeça, sinto-me útil e sou dos jogadores mais utilizados. Representar a selecção é o ponto mais alto da minha carreira e todas as vezes que vejo o meu nome na convocatória, é uma enorme felicidade para mim, como se fosse a primeira vez.
Portugal joga frente à Espanha, esta terça-feira, a partir das 19 horas, em Villafranca de los Barros (Espanha). Na quarta-feira volta a existir novo jogo, desta feita em Campo Maior, a partir das 20h30.
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