A selecção nacional de sub-18, em futsal, defronta o Egipto no dia 14 de Abril, em Luanda, a contar para a primeira mão da última eliminatória de acesso aos Jogos Olímpicos da Juventude, a ter lugar na Argentina durante o mês de outubro.

O custo da viagem dos sub-18 angolanos até Cairo, a capital egípcia, palco do jogo da segunda mão frente à selecção local, vai aproximar-se dos dez milhões de Kwanzas, refere Noé Alexandre, presidente da Federação Angolana de Futsal.

“O preço do bilhete Luanda-Cairo custa mais de 400 mil Kwanzas por pessoa, o que significa, aproximadamente, dez milhões para os 21 membros da delegação. No cômputo geral, com o início da preparação até ao Egipto e os jogos das duas fases, isso orça [entre] 20 a 22 milhões de Kwanzas”.

Além dos custos da viagem, o dirigente mostrou-se preocupado pelo facto de a Confederação Africana de Futebol (CAF) ter escolhido um árbitro sudanês para o jogo da primeira mão.

“Infelizmente para os jogos de Angola, a CAF sempre meteu à disposição os árbitros que residem em países acima do equador. Isso é preocupante para nós, mas só nos resta cumprir. Este é um processo que já tem vindo a acontecer desde a primeira eliminatória”, queixa-se o dirigente.

Noé Alexandre avança ainda que o seu elenco conversou com a Federação Angolana de Futebol, no sentido de notificar a CAF relativamente ao problema.

“São custos altos. Um árbitro que vem do Sudão para Angola, em termos de delegação, fica-nos um bocadinho complicado [caro]. Eu não sei porque não vão em busca de árbitros moçambicanos e sul-africanos, pelo menos, que tenham futsal no activo”, disse, acrescentando que o Sudão não tem esse tipo de árbitros.

A situação também preocupa a equipa técnica dos sub-18, a qual já fez reclamações sobre a arbitragem nas eliminatórias anteriores, onde notou alguma injustiça por parte dos árbitros.

Entretanto, os jogadores angolanos já estão a preparar o duplo desafio com os egípcios, sendo que o plano passa por eliminar o adversário a partir de casa, recorrendo à presença e apoio do público como força extra.