O internacional português Erick Mendonça assegurou que a seleção de futsal está ciente do que quer no Mundial, na sua estreia em fases finais, com jogos de “cariz diferente e especial” que elevam as expectativas.
“As expectativas são altas, porque estou a representar Portugal e é o meu primeiro Mundial. Sabemos bem o que queremos, mas vamos pensar nisso com calma. Ainda temos a fase de grupos, que não é fácil, apesar de os nomes não serem tão sonantes, mas estamos bem cientes do que queremos”, afirmou, em entrevista à agência Lusa.
O atleta do Sporting optou por não desvendar aquilo que Portugal efetivamente quer na competição, onde terão pela frente, no Grupo C, a Tailândia, as Ilhas Salomão e Marrocos, admitindo que, apesar da experiência internacional pelo clube, como provam as duas Ligas dos Campeões no currículo, os jogos da seleção “são diferentes”.
“Têm sempre um cariz diferente e especial. São os melhores, é a nata e, nesse sentido, acaba por tornar tudo um bocado diferente. E depois porque estamos a representar um país, ou seja, a questão emocional também acaba por contar muito”, expressou.
Erick Mendonça, de 26 anos, é um dos estreantes do grupo em fases finais na seleção portuguesa, tal como Tomás Paçó, Afonso Jesus, Pauleta ou Zicky Té, num grupo que conta com um equilíbrio entre juventude e experiência, que vê como “uma vantagem”.
“A nível da irreverência, os mais jovens podem ter outra disponibilidade física, enquanto os mais velhos têm a experiência de quem joga Mundiais. O Ricardinho já leva quatro Mundiais e eu vou para o primeiro. Nesse sentido, não há como enganar, ele leva uma bagagem muito maior do que eu. Ter esse misto de gerações pode ser bastante benéfico, pois cada um pode oferecer coisas bastante diferentes”, analisou.
Dessa forma, as mensagens que são transmitidas dos jogadores mais velhos para os mais novos assentam, sobretudo, em manter a própria identidade durante os jogos.
“Eles sabem que, às vezes, é difícil sermos nós próprios, no sentido em que nos preocupamos em fazer as coisas bem, em querer mostrar que estamos preparados e, por vezes, descuramos um pouco o que é nosso. A mensagem principal é essa, sermos nós próprios, não termos medo de arriscar e fazer o que nos trouxe até aqui”, realçou.
Enquanto universal, Erick Mendonça está pronto para ser uma opção em todas as posições da quadra, estando disponível para jogar onde for “benéfico para a equipa”.
“É uma vantagem, pois ofereço algumas capacidades e vertentes em várias partes do jogo e, principalmente, porque posso ajudar a equipa e o treinador. Não estou cá para fazer um papel específico, estou cá para fazer o que o treinador achar que eu tenho capacidade e ajuda a equipa. O ser universal é sempre muito benéfico”, explicou.
O Mundial2021 de futsal vai decorrer de domingo a 03 de outubro, nas cidades lituanas de Vilnius, Kaunas e Klaipeda, estando a estreia portuguesa marcada para segunda-feira, com a Tailândia, seguindo-se encontros com as Ilhas Salomão, na quinta-feira, e com Marrocos, em 19 de setembro, na conclusão da fase de grupos.
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