Apesar de continuar na primeira divisão nacional do futsal, o Freixieiro irá passar para o regime de amadorismo. Mário Brito, presidente do clube de Matosinhos, afirmou que as razões estão relacionadas com problemas financeiros.
«Pretendemos continuar a disputar o campeonato na primeira divisão de futsal mas só tínhamos hipóteses regressando ao amadorismo. É o melhor caminho a seguir nos próximos anos, porque queremos continuar no futsal, assim como continuar a trabalhar na formação», disse, Mário Brito, em declarações ao SAPO Desporto.
O líder dos matosinhenses vai mais longe e critica o Estado pela falta de apoio aos jovens que praticam a modalidade.
«Cabe ao estado ajudar na formação dos jovens e isso não acontece», acrescentou.
Os problemas do Freixieiro não são exclusivos uma vez que a Fundação Jorge Antunes, Instituto D.João V e Boticas já anunciaram o abandono do escalão principal do campeonato portugueses de futsal.
«Já perdemos dois clubes históricos do futsal (Fundação Jorge Antunes, Instituto D.João V) e outros também não vão conseguir, a não ser que tomem medidas drásticas como nós fizemos. Cada equipa da primeira divisão gasta cerca de 10 mil euros só para arbitragem e policiamento, no mínimo. É fundamental para modalidade termos um vice-presidente que se dedique apenas ao futsal. Não podemos ter um director que não tenha voz executiva», explicou.
O líder do clube de Matosinhos afirmou ainda que a hipótese de o FC Porto absorver os direitos desportivos do Freixieiro partiu dele, mas já desistiu da ideia.
«O FC Porto podia estar interessado nos direitos desportivos do Freixieiro mas isso era a última das hipóteses porque o Freixieiro teria de cessar durante dois anos e depois voltar pelo escalão mais baixo, e não estamos dispostos deitar abaixo 30 anos de trabalho», rematou.
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