Erick Mendonça mostrou-se convencido de que a seleção portuguesa de futsal está melhor agora do que no anterior Mundial para vencer Marrocos, na terceira jornada da fase de grupos.

“São Campeonatos do Mundo totalmente distintos. Não tenho dúvidas de que a fase em que nos apresentamos agora, além de ser diferente, é melhor. Estamos mais maduros e temos também carne fresca e irreverente, com outra maneira de estar que nos ajuda também. Estaremos muito mais confortáveis a jogar com Marrocos este ano do que naquele ano”, afiançou aos jornalistas, na unidade hoteleira da comitiva lusa.

Em 2021, na Lituânia, as seleções de Portugal e Marrocos defrontavam-se em idêntico cenário, uma vez que já estavam ambas apuradas e bastava à equipa das quinas um empate para garantir o primeiro posto do agrupamento, o que sucede agora também.

“O marroquino é um jogador irreverente, bom de bola e no ‘um contra um’, rápido e sem medo de errar. Correm muitos riscos, dá-lhes igual se estão no meio-campo ou a 10 metros defensivos, vão tentar sair a jogar. É uma das principais mais-valias deles, o que pode também ser prejudicial, pois somos uma seleção que também defende bem. Podemos aproveitar algumas falhas, roubando algumas bolas lá na frente”, sublinhou.

Apesar de bastar o empate para cumprir o objetivo da liderança, o jogador dos espanhóis do FC Barcelona alertou que isso “não é um bom pensamento, muito menos no futsal”, frisando que Marrocos é das seleções “mais difíceis” que podem enfrentar.

“Sabemos onde queremos chegar e o quão difícil é. Não somos hipócritas, obviamente que somos candidatos. Se somos favoritos ou não, não sabemos, nem queremos saber. Deixamos para os críticos. Estamos focados em nós, é adversário passo a passo”, disse.

Nos dois primeiros encontros de Portugal, frente ao Panamá (10-1) e Tajiquistão (3-2), Erick Mendonça foi eleito o melhor jogador em campo, algo que está “um bocado sem saber” como sucedeu, brincando até com o assunto, bem como os seus companheiros.

“Tive oportunidade de dizer aos meus colegas e à malta do ‘staff’ que, quando alguém da nossa equipa ganhar, também não venham dizer que estão a comprar o ‘staff’ da FIFA. Só é possível ter ganhado estes prémios com a ajuda dos meus companheiros, mas vale o que vale. Nem sei ao certo quem vota nisso. Não sou focado nesses troféus, mas não deixa de ser bom, em dois jogos, ganhar as duas vezes, como é óbvio”, expressou.

No apronto de hoje, Tomás Paçó treinou condicionado e à margem do grupo, devido a um traumatismo no pé direito sofrido na partida de quinta-feira perante o Tajiquistão.

Portugal e Marrocos defrontam-se no domingo, às 17:30 locais (13:30 em Lisboa), na Humo Arena, na cidade uzbeque de Tashkent, à mesma hora do Panamá-Tajiquistão.