O CD Cucujães e PARC-Pindelo são dois clubes que pertencem ao concelho de Oliveira de Azeméis e que se defrontaram no passado 2 de novembro, em jogo da terceira jornada do campeonato da I divisão distrital de Aveiro de futsal.

A PARC venceu por 4-2, mas na bancada houve desacatos e agressões físicas, num espaço onde estavam vários menores.

Este domingo, as duas equipas voltam a encontrar-se, mas no escalão de juniores. Face aos episódios da semana anterior, os dois presidentes dos emblemas chegaram a acordo e pediram autorização à AF Aveiro para o encontro ser à porta fechada.

"É atitude meritória dos dirigentes que estão aqui pelo desporto sadio e com ética e não se reveem nestas situações. É um sinal para outros clubes de que não pode valer tudo. Se não conseguem assistir a um jogo sem fazer uso da violência que fiquem em casa", elogiou Arménio Pinho, presidente da AF Aveiro.

"O jogo à porta fechada encontra-se previsto no regulamento disciplinar da AFA apenas como sanção disciplinar, o que no caso não ocorre. O pedido efetuado por um ou mais clubes não está regulamentarmente previsto de forma expressa, todavia, perante os factos apresentados, a AFA não pode ignorar, por um lado, os relatados desacatos verificados na 3.ª jornada Campeonato Grande Hotel do Luso do passado dia 2.11.2019, entre os referidos clubes, bem como, por outro lado, o propósito que está na base da solicitação feita.

Embora tratando-se de jogos de competições e escalões diferentes, é de todo conveniente prevenir os potenciais focos de violência que eventualmente poderiam vir a ocorrer entre adeptos dos referidos clubes, tendo em conta o ocorrido no jogo antecedente, a proximidade geográfica dos mesmos, bem como a proximidade temporal do jogo", lê-se no comunicado da associação, pedindo autorização para que o pavilhão fique fechado.

No domingo, no palco do encontro marcado para as 16h30, vão estar elementos da associação para verificar que tudo decorra sem incidentes.

"Esta atitude está a ser vista como algo positivo e louvável por toda a gente. Este bom senso é de louvar", explicou Arménio Pinho.