O ciclista português Ricardo Vilela entra na Volta a Espanha, que arranca no sábado e decorre até 10 de setembro, com vontade de “mostrar a camisola” da Manzana Postobon e tentar vencer uma etapa.
A equipa colombiana da Pro Continental, uma das convidadas do escalão abaixo do World Tour a participar na prova, não pode lutar pela geral, missão “quase impossível, com a participação que a ‘Vuelta’ tem este ano”, apontou à Lusa Ricardo Vilela, que explica que a estratégia de toda a equipa, que não tem líderes definidos, passa pela entrada nas fugas do dia.
O ciclista de 29 anos está de regresso à única grande volta em que participou, deopis de em 2015 ter terminado no 48.º posto da geral individual, um resultado que ainda assim “podia ser melhor”, afiançou o corredor, natural de Bragança.
“Vamos mostrar a camisola, que é o mais importante, e tentar ganhar etapas”, disse o português, que este ano chegou aos colombianos depois de dois anos na Caja Rural-Seguros RGA.
Para o português, participar “numa das grandes provas mundiais é sempre bom”, razão pela qual chega “no melhor nível possível”, depois de um estágio em altitude, na Serra Nevada, e da participação na Volta a Burgos, terminando em 38.º, já depois dos nacionais de estrada, em que foi terceiro na prova de fundo.
No final das últimas duas semanas de prova, “bastante duras”, o Angliru, na 20.ª etapa, “vai decidir a geral”, mas antes haverá espaço, comentou, para a possibilidade de “se formarem fugas numerosas, que depois podem chegar à meta”.
A presença de outros ciclistas portugueses, é “muito boa para os outros colegas”, pelo apoio e entreajuda.
“São muitos dias aqui, e podermos conversar e partilhar experiências entre todos é muito bom, é sempre muito bom ter mais alguém”, referiu.
Quanto à continuidade na Manzana Postobon, equipa que é composta por colombianos sub-23 e pela ‘experiência’ de Vilela e do holandês Jetse Bol, também na ‘Vuelta’, o português afirma que está ainda “tudo em aberto”.
“Ainda não há nada. Vamos terminar a Volta a Espanha e analisar o que temos, o principal é manter-me fora a nível internacional”, considerou o transmontano, que tem vontade de mostrar a equipa e “os patrocinadores”, para que se fale da equipa e dele próprio.
Na geral, Chris Froome (Sky), Alberto Contador (Trek-Segafredo) e Vincenzo Nibali (Bahrain Mérida) são os favoritos de Vilela, mas o espanhol, por se querer “despedir em grande e por tudo o que tem feito”, é o escolhido.
“É um ciclista fora do vulgar, que não se contenta com um segundo lugar, ganhar é ganhar. Foi um grande corredor e continua a sê-lo”, explicou.
A 72.ª Volta a Espanha em bicicleta arranca no sábado, na cidade francesa de Nimes, com um contrarrelógio por equipas, e termina a 10 de setembro, em Madrid.
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