A viúva de Salgueiro Maia exaltou hoje à Lusa a homenagem que a 85.ª Volta a Portugal em bicicleta prestou ao capitão que, saindo de Santarém rumo a Lisboa, liderou as forças revolucionárias no 25 de abril de 1974.
“Para mim, estas homenagens são sempre importantes, na medida em que possam e devam ser um contributo para que as pessoas tenham interesse em conhecê-lo”, declarou Natércia Maia, à margem da chegada a Lisboa da segunda etapa, na Avenida Dr. Augusto de Castro.
Esta tirada, de 164 quilómetros, foi desenhada para evocar, nos 50 anos do 25 de Abril, a saída da coluna militar liderada por Fernando Salgueiro Maia rumo a Lisboa, tendo passado pela chaimite colocada em Santarém a caminho da capital.
Já em Marvila, freguesia Lisboeta em que terminou a etapa, com vitória do argentino Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), foi descerrado um busto com a figura do capitão, com a presença de Natércia Maia, representantes da organização, figuras autárquicas e da Associação Salgueiro Maia.
“Que, ao conhecê-lo, se sintam motivadas para serem melhores cidadãos”, disse a professora de matemática, natural de Minde, que contou à Lusa, em janeiro, ter visto o início da Revolução dos Cravos “pelos buraquinhos do estore”, no prédio em que vivia com o marido, com quem se casou em 1970.
Ainda assim, Natércia Maia mostrou-se surpreendida pela homenagem, uma vez que Salgueiro Maia “não tem nada a ver com a Volta a Portugal”.
“Nunca me vi numa destas, mas estou aqui por Salgueiro Maia e pela ideia”, afirmou.
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