Tiago Machado acredita que fez a melhor opção em regressar a Portugal para representar o Sporting-Tavira, após vários anos em algumas das melhores equipas do mundo, até porque voltou a desfrutar da bicicleta.
Depois de ter deixado o Boavista no final de 2009 para assinar pela Radioshack, Tiago Machado passou oito anos no WorldTour, os últimos quatro na Katusha-Alpecin – percurso apenas interrompido em 2014, quando esteve na continental profissional NetApp-Endura, após o fim da equipa norte-americana, na sequência do escândalo de doping do norte-americano Lance Armstrong.
“Sem dúvida que foi a melhor opção, pelo menos ando mais contente comigo, há muito tempo que não desfrutava de andar de bicicleta como o faço nos dias de hoje”, disse, em declarações à agência Lusa.
Nos anos no WorldTour, Tiago Machado foi sempre um trabalhador incansável para os líderes das equipas, como foi exemplo a Volta à França de há dois anos, quando foi das caras mais vistas na frente do pelotão.
“Agora é desfrutar da bicicleta, porque já foram anos em que não podia fazer isso como eu gostava”, assegurou.
No regresso, 10 anos depois, a uma equipa continental (terceiro escalão), Tiago Machado é visto como um dos grandes favoritos à Volta a Portugal, mas o famalicense não aponta já a mira para a ‘Grandíssima’.
“Todas as corridas são importantes, estarmos só a pensar em agosto [data da Volta a Portugal] acho que era burrice da nossa parte. Temos de ver o dia a dia e o que pudermos fazer ao longo do ano será muito bem feito”, disse.
Em relação à Volta ao Alentejo, em que está a participar até domingo, Tiago Machado chegava com ambições de estar nos lugares cimeiros, apesar de alguns problemas de saúde que o afetaram nos últimos tempos.
“No último mês estive um pouco debilitado, estive doente, mas fiz o trabalho de casa como devia ter feito e agora é ver dia a dia, tentar estar o melhor possível e acompanhar os melhores nos momentos decisivos”, afirmou.
Após ter perdido tempo na segunda etapa, Machado vai partir para a terceira a 33 segundos do líder, o espanhol Enrique Sanz (Euskadi-Murias).
Comentários