O espanhol Enrique Sanz (Euskadi-Murias) manteve hoje o pleno de vitórias na Volta ao Alentejo em bicicleta, ao triunfar na segunda etapa, mantendo a camisola amarela vestida.
Após o triunfo na véspera, em Moura, Sanz voltou a ser o mais forte na chegada ao 'sprint', novamente antecedido por uma subida na aproximação à meta, cumprindo em 4:07.02 horas os 182,8 quilómetros entre Mértola e Odemira.
"Mais uma vitória. A equipa trabalhou bem, o Raul [Alarcón] tentou e pensei que não conseguia ganhar", assumiu Sanz, que somou o terceiro triunfo em Portugal -- apenas tem mais um como profissional.
Apesar da segunda vitória em dois dias, Sanz admite que será difícil lutar pela vitória final, mas que tem companheiros de equipa que o podem fazer.
Na classificação geral, definida pelos pontos, uma vez que os primeiros classificados têm todos o mesmo tempo, Sanz manteve os dois companheiros de pódio, embora Vicente García de Mateos tenha ultrapassado o português Luís Mendonça (Rádio Popular-Boavista), vencedor da 'Alentejana' em 2018 e que agora é terceiro.
Depois de a Euskadi-Murias ter trabalhado quase toda a etapa, controlando sempre a fuga do dia, a W52-FC Porto pegou na corrida nos quilómetros finais e Alarcón ainda entrou na reta da meta na primeira posição, mas acabou por ser ultrapassado.
"A equipa trabalhou bem nos últimos quilómetros, entrámos fortes na subida e demos tudo. No fim, ganhou o Enrique Sanz, que foi o mais forte, e tenho de lhe dar os parabéns", disse o vencedor das duas últimas edições da Volta a Portugal, que garante estar em "boa condição física" para lutar pelo triunfo na 'Alentejana'.
Ao contrário da véspera, em que a fuga chegou a ter mais de sete minutos de avanço, os fugitivos do dia estiveram sempre controlados e a maior vantagem que conseguiram foi de cerca de três minutos.
Já no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, perto de Vila Nova de Milfontes, a menos de 30 quilómetros da meta, o espanhol Ibai Azurmendi (Euskadi), o suíço Cyrille Thiery (SRA) e o norte-americano Timothy Rugg (Bai-Sicasal-Petro Luanda) foram alcançados pelo pelotão, depois de mais de 120 quilómetros em fuga.
A subida final, na aproximação à meta, acabou por causar alguns cortes no pelotão, com os portugueses Henrique Casimiro (Efapel) e Tiago Machado (Sporting-Tavira), entre outros, a serem afetados e a perderem 24 e 33 segundos, respetivamente, que os poderão afastar da discussão da prova.
Na sexta-feira, corre-se a terceira etapa, entre Mértola e Odemira, num percurso de 176,5 quilómetros, que terá duas contagens de montanha de quarta categoria, mas que deverá voltar a ser disputada ao 'sprint' pelo pelotão.
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