O “mediatismo muito grande” da Volta a Portugal em bicicleta contribui para o nervosismo sentido por alguns dos estreantes na 81.ª edição da prova, ainda que os jovens admitam que os nervos fazem parte do “novo desafio”.
“É a primeira vez que estamos na Volta a Portugal, que é uma prova com um mediatismo muito grande. Estamos um pouco mais nervosos”, admite à Lusa Marvin Scheulen, um dos três portugueses estreantes da LA Alumínios.
A falar ao lado dos colegas e também debutantes André Ramalho e Emanuel Duarte, Scheulen assume que este é "um novo desafio”, mesmo que a corrida em si “não seja muito diferente” do que estão habituados.
“No prólogo estava muito nervoso, não é para as minhas características”, refere Emanuel Duarte, que confessa que só depois de passar esse dia inaugural “é que começou a sério” e se fez sentir “o bichinho dos nervos”.
André Ramalho, por seu lado, diz que os nervos “fazem parte, são normais, por ser a primeira vez”. “Tem muito mais público aqui, faz parte. (...) É preciso é começar a correr e esperar que passe”, atira, bem humorado, o mais experiente do trio, aos 23 anos.
Em 2018 correu a Volta a França do Futuro pela seleção portuguesa e é também o mais bem posicionado da geral, no 35.º posto, enquanto na classificação da juventude Emanuel Duarte é quarto e o melhor português em prova.
Na Oliveirense-InOutBuild, outra equipa onde a juventude impera, há dois Pedro Lopes, ambos em estreia na ‘Portuguesa’. “Na primeira etapa estive mais nervoso, agora estou melhor, e as coisas também vão saindo melhor”, admitiu Pedro José, enquanto Pedro Miguel lembra as lesões para um arranque “um bocado nervoso”.
Um problema num pulso trouxe-lhe “falta de ritmo” que espera que vá passando para poder “dar o melhor” ao serviço da equipa, mesmo após “algumas dificuldades no início”, referiu o ‘outro’ Pedro.
“No início, saio um bocadinho nervoso, mas depois acaba por passar. Ao ganhar mais confiança, vai melhorando”, comenta Pedro José, que encontrou um pelotão “tranquilo, sem praxe” para com os mais novos.
A dupla nascida em 1999 já corre junta “desde os juniores”, completa Pedro Miguel, e os dois companheiros partilham quarto durante as provas há bastantes anos, numa camaradagem que também ajuda a passar melhor.
“Estarmos os dois juntos diminui o nervosismo, sem dúvida”, remata Pedro Miguel Lopes.
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