O espanhol Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano) somou hoje o segundo triunfo na Volta a Portugal em bicicleta, com o compatriota Raúl Alarcón (W52-FC Porto) a manter a vantagem na liderança antes da decisiva etapa da Senhora da Graça.
O ciclista da Aviludo-Louletano foi o mais rápido na chegada a Braga e cumpriu os 147,6 quilómetros desde Barcelos em 3:40.44 horas, liderando um grupo de oito elementos, no qual estavam os cinco primeiros da geral.
“[Vencer] Era a minha esperança e a esperança de toda a equipa hoje. Queríamos tentar recuperar algum tempo, o que não foi possível, mas recompensei com um triunfo a equipa, que fez um trabalho espetacular”, referiu o espanhol dos algarvios.
João Benta (Rádio Popular-Boavista) foi segundo, à frente de Jóni Brandão (Sporting-Tavira), com Edgar Pinto (Vito-Feirense-Blackjack) a ser quinto e Alarcón sexto.
A mais curta etapa da Volta tinha duas subidas ao Sameiro nos últimos 30 quilómetros e foi na segunda que a corrida se decidiu, com os quatro sobreviventes de uma fuga de 12 ciclistas a serem apanhados já no derradeiro declive.
O campeão português Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista) tentou repetir o sucesso da sexta etapa, mas desta feita não lhe foi permitido ganhar tempo antes da descida final.
Contudo, o iniciativa do ciclista de Roriz acabou por dar origem a ataques entre os candidatos, formando-se um quarteto na frente da corrida, com os suspeitos do costume – Alarcón, Jóni Brandão, Edgar Pires e García De Mateos.
O ciclista dos ‘leões’ passou à frente na contagem de montanha de segunda categoria e passou a envergar, agora por direito próprio, a camisola azul, do prémio da montanha, que tinha ‘herdado’ de Alarcón.
Com alguns ciclistas a conseguirem entrar no grupo principal, Ricardo Mestre e João Rodrigues, à semelhança da véspera, aumentaram o ritmo e não permitiram ataques aos opositores de Alarcón, com o grupo a chegar compacto a Braga, onde De Mateos repetiu o triunfo da segunda etapa.
“Mais um dia de amarelo, a equipa trabalhou muito bem. No fim, atacaram, mas consegui seguir com os que estão mais perto de mim [na geral]. Olhei para trás e vi que vinha o João [Rodrigues] e o Ricardo [Mestre] e achei que era melhor esperar por eles e chegar à meta com o mesmo tempo”, afirmou o vencedor de 2017.
Com todos a chegarem juntos, Alarcón manteve os 52 segundos de avanço sobre Jóni Brandão, os 1.41 minutos sobre De Mateos, os 1.58 sobre Edgar Pinto e os 2.19 sobre Benta.
No sábado, os perseguidores do espanhol terão uma última oportunidade para recuperar tempo antes do contrarrelógio final, com a etapa da Senhora da Graça, este ano ainda mais dura do que em anos anteriores.
Os 155,2 quilómetros entre Felgueiras e o Monte Farinha, em Mondim de Basto, terão este ano uma dureza suplementar com três contagens de montanha de primeira categoria nos derradeiros 80 quilómetros, a última das quais a coincidir com a meta.
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