O eslovaco Peter Sagan (BORA-hansgrohe) confirmou hoje o estatuto de favorito na quinta etapa da Volta a França em bicicleta, ao triunfar ao ‘sprint’ e carimbar a 12.ª vitória da conta pessoal no Tour.
Sagan, que reforçou a liderança da classificação por pontos, cumpriu os 175,5 quilómetros entre Saint-Dié-des-Vosges e Colmar em 4:02.33 horas, batendo sobre a meta o belga Wout van Aert (Jumbo-Visma), segundo colocado, e o italiano Matteo Trentin (Mitchelton-Scott), terceiro.
Terminada a espera pela 113.ª vitória na carreira e a 12.ª no Tour, explicou que a “paciência até chegar o triunfo” foi importante, bem como o trabalho dos companheiros e o “controlo de toda a parte plana até à meta”.
“Fiz o meu melhor e chegou [a vitória]. Se não ganho, toda a gente me pergunta o que falta. Como podem ver, não falta nada. É só que todos precisamos de sorte e estar num bom dia para ganhar”, resumiu o campeão do mundo em 2015, 2016 e 2017, vencedor de etapas na prova em 2012, 2013, 2016, 2017, 2018 e 2019.
Além de conseguir “finalmente uma vitória na Volta a França para a equipa”, o eslovaco regressa ao Tour para tentar a sétima vitória da camisola verde, o que lhe permitiria desempatar com o alemão Erik Zabel pelo recorde absoluto na categoria, tendo hoje reforçado a liderança.
Depois de uma fuga que serviu para reforçar a liderança da classificação da montanha para o belga Tim Wellens (Lotto Soudal), ainda que o campeão da Letónia, Toms Skujins (Trek-Segafredo), tenha sido o último a ser alcançado, a 35 quilómetros, a maior ‘surpresa’ aconteceu já depois da última de quatro subidas categorizadas.
A sete quilómetros da meta, o português Rui Costa (UAE Emirates) atacou, em busca de conseguir ganhar uma terceira etapa na ‘Grande Boucle’ e uma primeira vitória desde a Volta a Abu Dhabi de 2017, há mais de dois anos.
O ciclista luso chegou a ter mais de 12 segundos de vantagem sobre o pelotão, mas os ‘comboios’ das equipas dos velocistas impuseram um ritmo alto, que acabou por impedir o português de chegar isolado, sendo apanhado a 2.000 metros do final.
Rui Costa acabou por ser o melhor português, ao cortar a meta em 76.º, com o mesmo tempo do vencedor, subindo ao 36.º posto da geral, a 1.28 minutos. José Gonçalves (94.º) perdeu tempo, mas entrou no ‘top 100’, para o 97.º lugar, no qual também está Nelson Oliveira, hoje 102.º e 86.º na geral.
Na classificação geral, os primeiros lugares sofreram poucas alterações: Alaphilippe segue líder da prova, à frente de dois corredores da Jumbo-Visma, Wout Van Aert, que se aproximou com as bonificações e é segundo, a 14 segundos, e o holandês Steven Kruiswijk, terceiro, a 25, enquanto Sagan entrou no ‘top 10’, para o nono posto.
Na quinta-feira, a sexta etapa introduz a alta montanha na 106.ª edição do ‘Tour’, com uma ligação de 160,5 quilómetros entre Mulhouse e La Plance des Belles Files.
Ao todo, são três subidas de montanha de primeira categoria, além de duas de segunda e duas de terceira, sendo que a mais dura é mesmo a da chegada, com sete quilómetros de ‘escalada’, com 8,5% de inclinação média, que ultrapassa, em alguns troços, os 20%.
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