A 107.ª Volta a França em bicicleta arranca hoje, em Nice, com o colombiano Egan Bernal (INEOS) a envergar o dorsal número na defesa do título alcançado no ano passado.

A prova, que deveria decorrer entre 27 de junho e 19 de julho, e foi adiada devido à pandemia de covid-19, é a primeira grande Volta a ser disputada esta temporada, e tem como grandes favoritos, além do ciclista da INEOS, o esloveno Primoz Roglic e o holandês Tom Dumoulin, ambos da Jumbo-Visma.

A INEOS apostou todas as ‘fichas’ no campeão em título, abdicando dos seus dois nomes mais sonantes – o quatro vezes vencedor do Tour, Chris Froome (2017, 2016, 2015 e 2013), e o vencedor de 2018 e segundo classificado do ano passado, o também britânico Geraint Thomas – e construindo um ‘oito’ à imagem de Bernal, nomeadamente com três companheiros hispanófonos, um dos quais o equatoriano Richard Carapaz, o ainda detentor do Giro e, presumivelmente, o ‘plano B’ da equipa britânica.

O colombiano, de 23 anos, vai procurar consolidar o potencial de futuro dominador do Tour, partindo de Nice como o único antigo vencedor presente e único representante do pódio da edição anterior, já que, além de Thomas, também o holandês Steven Kruijswijk vai falhar a 107.ª ‘Grande Boucle’, neste caso por lesão.

Desejosas de salvarem uma época atípica, e de compensarem os quatro meses de paragem, as equipas apostaram quase tudo na Volta a França, com os favoritos a oscilarem entre ‘veteranos’ na luta pela amarela, como o colombiano Nairo Quintana, agora a solo como líder da Arkéa–Samsic, os franceses Romain Bardet (AG2R La Mondiale) ou Thibaut Pinot (Groupama-FDJ), os espanhóis Mikel Landa (Bahrain-McLaren) e Alejandro Valverde (Movistar), e os ‘novatos’, casos do colombiano Miguel Ángel López (Astana) ou do esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates).

Entre os 176 participantes desta edição do Tour, que termina em 20 de setembro, depois de percorridos 3.484,2 quilómetros, distribuídos por 21 etapas, nos Campos Elísios, em Paris, está o português Nelson Oliveira (Movistar), que irá alinhar pela quinta vez na corrida francesa.

A ‘Grande Boucle’ deste ano será também condicionada pelo novo coronavírus, com o protocolo sanitário da prova a prever a exclusão de uma equipa caso haja dois casos de infeção entre os seus ciclistas no período de sete dias.