O ciclista britânico Geraint Thomas (Sky) está a 116 quilómetros da vitória na Volta a França, depois de hoje ter segurado a camisola amarela na penúltima etapa, um acidentado contrarrelógio individual, vencida pelo holandês Tom Dumoulin (Sunweb).
Dumoulin completou os 31 quilómetros da 20.ª tirada, entre Saint-Pée-sur-Nivelle e Espelette em 40.52 minutos, menos um segundo do que o britânico Chris Froome (Sky), vencedor do Tour em 2013, 2015, 2016 e 2017 e o grande derrotado da edição de 2018, e menos 14 relativamente a Thomas.
“É um dia inesquecível. Vim para o Tour sem grandes expectativas. Tenho apenas 27 anos e por isso espero poder regressar mais forte, em especial na montanha, e tentar, um dia ganhar a Volta a França”, disse Dumoulin, campeão mundial de contrarrelógio.
Com 1.51 minutos de vantagem na classificação geral sobre o ciclista holandês, os 116 quilómetros da última etapa, entre Houilles e os Campos Elísios, no domingo, deverão constitui-se como um passeio para consagrar um vencedor inesperado: Thomas.
“Ainda não consigo acreditar. Nem sei o que dizer. Ganhar a corrida mais importante do mundo é uma verdadeira loucura. É simplesmente esmagador. Nunca sonhei sequer com isto e, de repente, ganho o Tour”, desabafou um incrédulo Thomas.
O campeão britânico de contrarrelógio esperou até aos 32 anos para conquistar a maior vitória da carreira e hoje até pareceu capaz de vencer a tirada, mas baixou o ritmo nos últimos quilómetros, depois de ter sido o mais rápido das duas contagens intermédias.
“Disseram-me que estava a ser o mais rápido, mas que também estava a arriscar demasiado nas curvas e o diretor desportivo aconselhou-me a moderar o andamento e a garantir, em primeiro lugar, a conquista do Tour. E foi isso que fiz”, explicou.
O camisola amarela chega ao último dia de prova com 2.24 minutos de vantagem sobre Froome, seu chefe de fila na equipa Sky, que minimizou os danos ao recuperar o terceiro lugar do pódio ao esloveno Primoz Roglic (LottoNL-Jumbo), oitavo classificado na etapa de hoje.
“Conseguir atingir o pódio, ao lado de Thomas, é um sonho. É incrível, especialmente, depois de uma jornada tão dura como a de ontem [sexta-feira]. Pensei que talvez não fosse possível. Estou muito satisfeito com isso”, observou Froome.
O britânico falhou a conquista da quarta grande volta consecutiva, depois de ser ter imposto no Tour e na Vuelta em 2017 e no Giro, já neste ano, igualando as proezas de dois nomes mágicos do ciclismo, o belga Eddy Merckx e do francês Bernard Hinault.
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