Egan Bernal disse hoje ter perdido três anos da sua vida com o ‘naufrágio’ na subida ao Grand Colombier, assumindo estar afastado da defesa do título e também da luta pelo pódio da Volta a França em bicicleta.

“Sofri desde a primeira subida, creio que perdi uns três anos da minha vida na etapa de hoje. Ia no máximo à espera de um milagre que nunca aconteceu. Dei tudo, dei o meu melhor, mas os outros estão mais fortes e não consegui segui-los, há que reconhecê-lo”, declarou o vencedor do Tour do ano passado.

Depois do descalabro de hoje, que se saldou em mais de 07.20 minutos perdidos para o camisola amarela, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), o líder da INEOS admitiu que estar no pódio em Paris “já não é uma opção”.

Bernal recusou justificar a sua má prestação com a lesão nas costas que o levou a abandonar o Critério do Dauphiné apenas duas semanas antes do arranque da Volta a França.

“Evidentemente, não foi a melhor forma de iniciar o Tour, tive dores nas costas todos os dias, mas não me posso esconder atrás das dores de costas. Hoje, o problema foram mais as dores de pernas do que as de costas”, pontuou.

Antes da 15.ª etapa, com chegada inédita ao Grand Colombier, uma contagem de categoria especial instalada no final de 17,4 quilómetros de subida com uma pendente média de 7,1%, o colombiano, de 23 anos, era terceiro da geral, a 59 segundos da Roglic; agora, é 13.º, a 08.25 minutos.

“Agora, quero subir para o autocarro, descansar, ver o que a equipa pretende e repensar a corrida”, concluiu o ciclista que, no ano passado, aos 22 anos e seis meses, se tornou no terceiro mais jovem a vencer a 'Grande Boucle', depois do francês Maurice Garin, em 1904, e do luxemburguês François Faber, em 1909.

O primeiro colombiano a vencer o Tour não foi o único representante do seu país a ter um dia para esquecer, já que também Nairo Quintana (Arkéa–Samsic) disse adeus ao pódio, ao perder 03.50 minutos para os dois primeiros da etapa, os eslovenos Tadej Pogacar (UAE Emirates) e Primoz Roglic.

“Tentei aguentar o máximo que pude, mas já são duas quedas, a última das quais muito forte, e tive muitas dores. O que estou a fazer é puro orgulho e coração, mas até a alma me dói. Ainda assim, tentarei continuar”, salientou o duas vezes segundo classificado no Tour (2013 e 2015).

O colombiano, de 30 anos, caiu para a nona posição da geral e está a 05.08 minutos de Roglic.

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