O ciclista britânico Joshua Tarling admite que é bom vestir a camisola amarela n’O Gran Camiño, apesar de os tempos hoje marcados no contrarrelógio da primeira etapa não contarem para a geral, uma decisão que definiu como “certa”.
“Estou superfeliz, é bom começar a época com uma vitória”, resumiu o jovem britânico da INEOS.
Joshua Tarling foi o mais rápido nos 14,8 quilómetros com início e final na Torre de Hércules, mas as diferenças que hoje estabeleceu não contam para a geral, após as equipas participantes assim o terem decidido, devido ao forte vento que se fazia sentir na Corunha.
“Foi a decisão certa. Estava realmente muito, muito vento, e a segurança tinha de estar primeiro hoje. Teria sido bom [que o contrarrelógio contasse], porque tinha uma bicicleta nova para isto e teria sido bom mostrá-la”, brincou.
Apesar de liderar O Gran Camiño, o corredor de 20 anos sabe que “esta corrida será ganha nas montanhas”.
“Mas ainda é bom vestir a camisola por um dia”, disse com um sorriso.
Tarling foi o primeiro a ‘derrotar’ Jonas Vingegaard na prova galega – hoje, o dinamarquês da Visma-Lease a Bike foi apenas 45.º, um resultado que colocou fim ao seu registo 100% vitorioso.
“A sério? Não tenho a certeza, acho que se está a guardar para as montanhas, mas ‘aceito’”, respondeu.
Campeão europeu de contrarrelógio e medalha de bronze na especialidade no último Mundial, Tarling tem como principal meta desta temporada o ‘crono’ dos Jogos Olímpicos.
A seu favor, poderá ter o facto de os seus grandes rivais – Remco Evenepoel, que já bateu no Chrono des Nations, Filippo Ganna ou Wout van Aert – terem outros objetivos mais próximos no tempo de Paris2024.
“Penso que poderei focar-me totalmente nisto, apesar de ter corridas antes. Eles têm os seus próprios objetivos, mas, para ser sincero, não será uma vantagem sobre Remco, Wout e Ganna, porque são tão talentosos”, argumentou.
Além dos Jogos Olímpicos, o promissor jovem da INEOS olha ainda para as clássicas “de paralelo”, nomeadamente a E3, a Gent-Wevelgem e a Paris-Roubaix.
“Para ser sincero, estou ansioso por qualquer corrida, porque, sendo tão novo, o meu propósito é aprender e progredir”, concluiu o primeiro líder da terceira edição d’O Gran Camiño.
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