O ciclista esloveno Tadej Pogacar reforçou hoje a liderança do Paris-Nice, ao impor-se na sétima etapa, para somar o segundo triunfo na prova e o sexto nesta temporada, num dia em que voltou a bater Jonas Vingegaard.
O esloveno da UAE Emirates conquistou a sétima tirada da corrida francesa, ao ser o primeiro a cortar a meta no Col de la Couillole, cumprindo os 142,8 quilómetros desde Nice em 3:56.08 horas, à frente do seu ‘vice’ na geral, o francês David Gaudu (Groupama-FDJ), segundo a dois segundos, e do seu arquirrival Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), terceiro a seis segundos.
‘Pogi’ voltou a derrotar o dinamarquês no segundo duelo direto esta época entre os dois últimos vencedores do Tour, reforçando a distância para os seus perseguidores na geral, a uma jornada do final da ‘Corrida ao Sol’: o esloveno tem 12 segundos de vantagem sobre Gaudu e 58 sobre Vingegaard.
Com apenas 117,5 quilómetros para percorrer entre Nice e Nice no domingo – mas com duas contagens de primeira categoria e três de duas no percurso -, Pogacar parece lançado para a vitória final na prova francesa, depois de hoje ter dado uma exibição de autoridade, numa etapa em que as debilidades do atual campeão do Tour nesta fase da temporada ficaram expostas na subida que desembocou na meta.
Um dia depois de a sexta tirada ter sido anulada devido a más condições meteorológicas (ventos fortes), o campeão mundial de contrarrelógio, o norueguês Tobias Foss (Jumbo-Visma), foi o responsável por selecionar o grupo de candidatos na fase inicial dos 15,7 quilómetros, com uma pendente média de inclinação de 7,1%, da ascensão ao Col de la Couillole, ditando o ritmo até ‘encostar’ a seis quilómetros do alto.
O primeiro a ‘estourar’ com a pedalada imposta por Foss foi Daniel Martínez, o vencedor da Volta ao Algarve, que voltou a demonstrar que não se dá bem com a responsabilidade de ser a principal aposta da INEOS, mas só quando Vingegaard tentou assumir a iniciativa é que a corrida se transfigurou.
Quando o dinamarquês tomou o relevo do seu companheiro, Pogacar lançou-se na frente da corrida, numa ‘manobra de intimidação’ perante aquele que é, atualmente, o seu arquirrival. O campeão do Tour soube ser paciente, não indo imediatamente ao ‘choque’, e acabou por alcançar, graças também à colaboração de Gaudu, o esloveno a quatro quilómetros do alto da contagem de primeira categoria coincidente com a meta.
O francês da Groupama-FDJ tentou deixar para trás os últimos vencedores da Volta a França, mas ambos responderam ao seu ritmo, até que Vingegaard quebrou a pouco mais de 2.000 metros do cume do Col de la Couillole.
Expectante, o bicampeão da Volta a França (2020 e 2021) limitou-se a seguir na roda de Gaudu, enquanto o recente vencedor do Gran Camiño, sem nunca desistir, diminuía as distâncias, alcançando o duo da dianteira já no último quilómetro.
Numa demonstração de querer, Vingegaard até foi o primeiro a atacar para tentar vencer a etapa, um gesto que serviu apenas para confirmar que, neste momento, o jovem da UAE Emirates é o homem mais forte do pelotão.
Companheiro de equipa do esloveno de 24 anos, o português Rui Oliveira foi 95.º na etapa, a 28.53 minutos, e é 108.º na geral, a 55.28 de Pogacar.
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